No primeiro semestre de 2021, Mato Grosso do Sul produziu 37,8 mil dúzias de ovos, aumento de 37,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, que foi de 27,4 mil dúzias. No período, o número de galinhas poedeiras no estado subiu 27,5%, passando de 15,2 milhões para 19,4 milhões. Os números foram divulgados hoje pela assessoria de comunicação da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).
“O município de Terenos já é destaque há pelo menos quatro décadas, devido a uma importante cooperativa instalada no local. Em seguida, Ivinhema, que ganhou destaque nos últimos cinco anos. No ano de 2015 registrou produção de 350 mil dúzias e em 2020 elevou a produção para 13,5 milhões de dúzias, crescimento de 3.776%. O aumento expressivo está relacionado à instalação de empresa produtora de ovos”, esclarece Fernanda Oliveira, analista técnica do Sistema Famasul.
De acordo com a nota distribuída pela assessoria de comunicação da federação, a produção concentra-se predominantemente em cinco cidades sul-mato-grossenses: Terenos, Ivinhema, Sidrolândia, Dourados e Cassilândia. Juntas, segundo o IBGE, respondem por 79,4% da produção de MS.
Conforme dados da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS), ao todo o estado possui 52 núcleos de produção no sistema de postura com capacidade para alojar 3,8 milhões de galinhas. Dessas unidades, 23 atuam de forma independente na produção de ovos.
Reflexos no mercado – De acordo com levantamento do Departamento Técnico no Sistema Famasul, no acumulado de janeiro a outubro, a proteína também ficou mais cara. O preço médio no atacado teve alta aproximada de 21%. No mesmo período de 2020, a média da caixa com 30 dúzias de ovos era de R$110,30 e, neste ano, R$ 133,43, segundo a Ceasa/MS.
“Isso é reflexo do aumento de custo na produção e do melhor desempenho da demanda. Nas projeções da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) o consumo per capita de ovos no Brasil deverá ser 255 unidades por ano, crescimento de 1,6% em relação aos 251 ovos per capita de 2020”, explica a analista técnica, Eliamar Oliveira.