A vítima, conhecida como Jorginho, trabalhava há cerca de 20 anos no local e era familiarizado com a presença de onças na área. Segundo informações, o corpo foi localizado por volta das 6h pelo cunhado da vítima, “Magrão”, que, acompanhado do irmão e de um militar, retomou as buscas por conta própria nas primeiras horas do dia. O corpo estava a cerca de 300 metros do local do ataque, nas proximidades do deck do pesqueiro, onde foram encontradas marcas de sangue e pegadas do felino.
As buscas contaram com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental de Miranda, que utilizaram desde ontem helicópteros e drones para tentar localizar a vítima.
Apesar disso, foram os familiares que encontraram o corpo. “Achei o Jorge, viu? Não falei para vocês ontem, que eu ia achar meu cunhado? Deus me guiou certinho, eu sabia onde ele ia estar”, disse Magrão, cunhado do caseiro que voltou ao local hoje. Ele encontrou Jorginho por volta das 6h. “(…) falei, só tinha um lugar que possa ter levado ele”.
Jorge Ávalo relatava frequentemente a presença de onças na região e recentemente com o cunhado “Magrão” chegou a registrar em vídeo muitas pegadas de onças referente a uma disputa territorial entre dois desses animais, que Jorge havia ouvido durante a madrugada ao lado da casa, mas só no outro dia saiu para ver as marcas no solo.
Especialistas consideram ataques de onças a humanos como eventos raros, mas a disputa territorial pode ter contribuído para o comportamento agressivo do animal.
O corpo de Jorginho será levado para Aquidauana e, posteriormente, sepultado em Anastácio, onde residem seus familiares. Ele deixa dois filhos.
Fonte: FCG/ML
