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Com falta de moradia, aluguel de quarto de 10m² em Ribas do Rio Pardo chega a R$ 1,2 mil

Por Redação

Em 6 de setembro de 2023

Foto: Reprodução / g1MS

A construção da nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, acarretou algumas dificuldades estruturais no município. A falta de moradia na cidade fez com que um quarto de 10 m² seja alugado por valores que variam de R$ 800 a R$1,2 mil.

Desde o início da construção da fábrica, em 2021, o município recebeu mais de 10 mil trabalhadores, os quais enxergaram no local oportunidades de emprego. Contudo, o crescimento expressivo de habitantes resultou em um efeito cascata de falta de casas suficientes para acomodar os novos moradores e a disparada dos preços dos aluguéis.

g1 conversou com a Delanira Ferreira, que mora no município há mais de 60 anos, e viu com o crescimento da cidade a oportunidade para investir no ramo imobiliário. A aposentada construiu oito kitnets em seu próprio quintal e aluga um quarto com banheiro de 10 m² por até R$ 1,2 mil.

A aposentada explica que para morar no quarto, a pessoa precisa adaptar a rotina e aproveitar cada espaço. O quarto conta com uma cama de solteiro, um guarda-roupa, uma mesa, uma cadeira e banheiro.

“Se um tivesse 50 quartos, alugaria todos porque a procura é muito intensa. Todas as pessoas que tinham casa para alugar já estão ocupadas. Todo dia alguém bate no meu portão perguntando se tem quarto disponível”.

A repositora Ana Carolina Silva vivia na mesma casa há mais de 20 anos e foi obrigada a se mudar quando o valor do imóvel ficou quatro vezes maior. Segundo ela, o valor do aluguel de R$ 650 saltou para R$ 2.500.

“Faz 22 anos que a gente mora de aluguel em Ribas e tivemos que desocupar a casa que a gente morava porque teve muita demanda. Qualquer pessoa que falar que está alugando um imóvel vem 5 pessoas porque quer alugar, e com isso dobrou o valor do aluguel que a gente pagava”.

Com a valorização dos imóveis, diversos inquilinos não conseguiram pagar o novo valor. Como consequência, diversas famílias ocupam moradias irregulares e sem estrutura básica. A prefeitura de Ribas do Rio Pardo estima que 400 famílias vivem em sub-habitações.

Euclides Teixeira chegou em Ribas do Rio Pardo há menos de um ano e mora em uma ocupação de lona em uma área afastada da cidade. “Aqui tem muito emprego, o que falta é lugar para as pessoas morarem. Onde eu moro é uma uma ocupação próxima do lixão, não temos endereço fixo”.

O que tem sido feito para mudar?

O déficit habitacional no município é de cerca de 6 mil moradias, segundo a prefeitura. Para atender parte da demanda, governo, cidade e a fábrica de celulose estão construindo casas, mas o número é bem menor do que o necessário.

Como forma de compensação pelos impactos causados pela construção da fábrica de celulose, a Suzano realiza intervenções na município por meio do Plano Básico Ambiental (PBA). Dentro dos termos de compromisso, a empresa investiu R$ 27,2 milhões em habitação, saúde e educação.

Para atender os milhares de trabalhadores, a cidade conta com cinco dormitórios, que não são suficientes. O prefeito da cidade, João Alfredo Danieze (PSOL), reconhece que o principal problema da cidade atualmente é a falta de moradia.

“Estamos em uma situação bastante preocupante porque não houve um planejamento. O nosso principal problema é a falta de moradia. Tivemos a especulação imobiliária e alguns trabalhadores que pagavam aluguel na ordem de R$ 600/ 700 se viram obrigados a pagar aluguel de R$ 3 mil”.

Fonte: g1MS/ML

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