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Colegiado irá monitorar impacto de queimadas na saúde da população

Por Redação

Em 1 de agosto de 2024

Em períodos críticos, Corumbá ficou tomada por fumaça, o que prejudica a respiração de idosos e crianças – Crédito: Instituto Homem Pantaneiro

Diante do cenário de queimadas que assolam o Pantanal e a região Amazônica, o Ministério da Saúde criou nesta quinta-feira (1º), a sala de situação para monitorar o impacto das mudanças na população.

O objetivo é monitorar a população afetada diretamente pela seca, decorrente da falta de chuvas causada pelo fenômeno El Niño, que potencializou a crise do fogo no Pantanal, a ponto de Corumbá ter sido ‘engolida’ pela fumaça, em mais de uma ocasião durante o primeiro semestre deste ano.

“A sala de situação facilita a articulação interministerial e interinstitucional. Para o próprio ministério, facilita as ações, como nos comunicarmos melhor com a população sobre os riscos decorrentes das emergências do clima”, explica Eliane Ignotti, coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde.

A incumbência do monitoramento do impacto na saúde da população, ficará por conta da  Secretaria de Vigilância em Saúde Ambiente (SVSA) que, entre suas atribuições deve:

  • Elaboração de protocolos de resposta;
  • Promover articulação com os gestores estaduais e municipais;
  • Divulgar informações referentes a situação epidemiológica e assistencial;
  • Organizar caminhos para mitigar riscos sanitários
  • Articula repasses de recursos financeiros aos estados.

Outra atribuição será de em casos de urgência acionar reforço de equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).

A coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde, Eliane Ignotti, explicou que a saúde humana sofre efeitos diretos dos fenômenos extremos climáticos.

“Hoje, vivenciamos uma situação de seca extrema na região Amazônica, por causa do El Nino, e também de seca extrema no Pantanal, com queimadas. A seca demanda articulação para proteção da população tanto para efeitos da exposição à poluição atmosférica, como dos riscos de incêndios. Outra preocupação é a diminuição do acesso à água de qualidade nas duas situações”, completa Eliane Ignotti.

Grupo de trabalho

Durante a organização, inicialmente os integrantes farão reuniões semanais, e posteriormente em situações emergenciais. Além dos integrantes da Secretaria de Vigilância em Saúde Ambiente, secretarias de outros ministérios terão representantes.

Além da abertura para a contribuição de especialistas e membros de órgãos e entidades públicos ou privados que possam contribuir com a temática em questão.

Atividades

Caberá à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, desenvolver campanhas educativas, trabalhar na capacitação dos profissionais da área de saúde que trabalham em áreas afetadas.

Considerando que comunidades vulneráveis, de baixa renda, e comunidades indígenas são as mais afetadas, assim como não têm acesso a infraestrutura para os atendimentos adequados.

Pensando nas comunidades será criado o Plano Setorial de Adaptação à Mudança do Clima, com a finalidade de desenvolver táticas para o Sistema Único de Saúde (SUS), com a finalidade de diminuir o efeito das mudanças climáticas na saúde da população e consequentemente na demanda que gera aos serviços de saúde.

“A sala foi constituída como uma forma de facilitar a gestão Ministério da Saúde e a comunicação com a sociedade. Temos monitorado, por exemplo, as ondas de calor, que estão muito frequentes em algumas regiões do país. Além disso, os contrastes, como chuvas intensas em outras regiões“, frisa Eliane Ignotti.

O colegiado ainda deverá enviar à ministra da saúde, Nísia Trindade, relatórios quinzenais com relação a eventuais situações epidemiológicas e respectivas estratégias de enfrentamento.

Fonte: Correio do Estado

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