O novo Boletim InfoGripe Fiocruz alertou para o crescimento de casos de doenças respiratórias em moradores com mais de 60 anos em Campo Grande e também na tendência a longo prazo. Campo Grande aparece entre as cinco capitais que apresentam sinal de crescimento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nas últimas seis semanas.
Conforme o boletim, a longo prazo, Mato Grosso do Sul aparece com probabilidade de queda nas doenças respiratórias. No Centro-Oeste, apenas o Estado de Goiás aparece com tendência de curto a longo prazo para as síndromes respiratórias.
O boletim destaca que 5 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana epidemiológica 3: Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Rio Branco (AC) e Vitória (ES).
Em Rio Branco, o crescimento se concentra principalmente entre crianças pequenas. Em Campo Grande, é observado principalmente na população a partir de 60 anos. Nas demais capitais, os dados por faixa etária sugerem que o crescimento se trata de oscilação em torno de patamar baixo.
Vacinação do público com mais de 60 anos
Mato Grosso do Sul viveu ‘explosão’ de casos de covid no início deste ano, onde nos primeiros dias do mês de janeiro foram 14 novos óbitos relacionados à doença e o Estado registrou aumento de 1.800% só em Campo Grande.
Com a nova análise do Infogripe da Fiocruz, vale chamar atenção para a cobertura vacinal no público com mais de 60 anos no Estado. Conforme o Vacinômetro, foram aplicadas 1.238.555 doses de vacina nos moradores com mais de 60 anos em MS, entre doses D1 e D2, além dos reforços.
Com base nas informações do painel da SES (Secretarial Estadual de Saúde), 356.077 moradores com mais de 60 anos se vacinaram com a 1ª e 2ª dose, mas apenas 299.485 retornaram para tomar as doses de reforço. Ou seja, ainda precisam se vacinar com o reforço 86.592 pessoas nessa idade.
A vacinação média nos últimos 30 dias conforme o Vacinômetro é de 237 pessoas com mais de 60 anos tomando o imunizante contra a covid.