O bandido morto na troca de tiros no fim da manhã desta sexta-feira (14), em Campo Grande, no bairro Jóquei Club é um dos envolvidos no assassinato da artista plástica Catarina Marquesi Moreira de 72 anos. Ele estava no quartro da pensão onde morava, quando os policiais chegaram e o autor teria reagido. Ele morava há dois meses na pensão e estava em regime semi aberto.
Policiais da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) foram ao local que é uma pensão onde encontraram o autor, que reagiu quando foi encontrado dentro do quarto e acabou havendo a troca de tiros que acabou na morte do envolvido do assassinato da artista plástica. Moradores ouviram três ou quatro disparos, e disseram que ele era foragido e estava morando há pouco tempo na pensão.
A dona do local chegou a passar mal e teve de ser atendida pelo Corpo de Bombeiros. A quadra onde aconteceu a troca de tiros foi interditada pela polícia. Nesta quinta-feira (13), o carro que havia dado suporte aos outros envolvidos no latrocínio foi localizado no bairro Nova Lima. Na segunda-feira (17) será realizada para esclarecer o caso.
Carro encontrado e um preso
Os investigadores através de imagens de câmeras de segurança e por testemunhas identificaram o carro que havia dado suporte para os possíveis assassinos da artista plástica. Com informações de que o veículo estaria na região norte da cidade, os policiais foram até o local e encontraram o veículo, que estava com o servente, nesta quinta-feira (13). Ele acabou preso por tráfico de drogas, mas há indícios que tenha participado do crime.
Ele disse que teria emprestado o carro na semana anterior para duas pessoas que teriam se interessado em comprar o veículo passando o dia todo com o carro para fazer um teste drive devolvendo-o no fim do dia. No Gol foram localizados algumas porções de maconha, que o servente disse que poderia ser dos possíveis compradores já que não usaria droga. Ele acabou preso por tráfico de drogas.
O servente ainda contou que o carro não tranca e fica parado em frente de sua casa, e que podem ter aberto o veículo e colocado a maconha no veículo.
Latrocínio
Catarina estava em casa, no Monte Castelo, quando foi surpreendida pelo assaltante e tentou se esconder, mas foi amarrada, agredida com pelo menos um soco no rosto e não resistiu ao ferimento. Ao entrar na casa, o bandido chutou e arrombou a porta de entrada do ateliê. Neste momento, teria começado a revirar os quadros, possivelmente em busca de algum cofre escondido no local. Foi quando a vítima Catarina entrou no ateliê.
Acredita-se que a artista tenha tentado se esconder em um cômodo, que também teve a porta arrombada pelo bandido. Depois, a vítima foi amarrada, com as mãos para trás. Tanto os pulsos quanto as pernas foram amarrados, e a idosa ainda foi agredida com pelo menos um soco na região da boca.
Marido estava na casa
O marido da vítima, um idoso de 74 anos, estava no andar de cima da residência quando o crime aconteceu. O marido de Catarina tem problemas auditivos e não teria ouvido ou presenciado o caso. O delegado chegou a conversar com o idoso no local e pode confirmar o problema na audição da testemunha.
Ele ainda foi quem encontrou a vítima, conforme o delegado. Ao encontrar a esposa, que ainda agonizava, o idoso tentou ligar para o filho, mas não conseguiu, pois estava muito nervoso e em choque. Ele então conseguiu depois ligar para o genro, que foi ao local com a filha de Catarina. Eles acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a vítima não resistiu ao ferimento.
Vizinhos relataram à polícia que vários roubos e furtos ocorreram na região nos últimos dias. O delegado confirmou ainda que há usuários de drogas na região e também não é descartado que possam ser os responsáveis pelo crime. A família ainda avalia o que foi levado da residência, mas o casal não tinha objetos de grande valor ou luxuosos e, apesar de uma vida financeira estável, também vivia de maneira simples.