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Associação Comercial da Capital veem com receio paralisação do transporte público na sexta-feira

Por Redação

Em 6 de janeiro de 2022

Com a ameaça dos motoristas do transporte público de Campo Grande entrarem em greve na sexta-feira (7), as associações ligadas ao comércio começam a articular medidas para que o protesto não afete a movimentação do comércio e os trabalhadores do centro da cidade.

A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) afirma que está preocupada com a greve, pois, se ela se concretizar, não tem tempo determinado para terminar.

A entidade ainda lembra que muitos trabalhadores dependem de ônibus para chegar ao trabalho e, por sua vez, os empregadores pagam pelo serviço com o fornecimento de vale-transporte aos seus funcionários, que não poderão usá-lo nesta sexta-feira.

Além disso, segundo a ACICG não é apenas os trabalhadores que poderão passar por dificuldades, mas, também, os consumidores, o que fará diminuir a circulação de pessoas nas lojas, impactando diretamente nas vendas.

 “A paralisação dos ônibus impacta significativamente no deslocamento da população e afeta negativamente o funcionamento das empresas, que já custearam o vale transporte, mas não terão acesso ao serviço, gerando dificuldade de colaboradores chegarem ao trabalho, diminuindo a circulação de consumidores no comércio, e, consequentemente, resultando em queda no movimento das vendas e no faturamento do setor empresarial, prejudicando a economia da Capital”, afirma em nota

A Associação ainda orienta que os empregadores busquem formas de garantir que seus funcionários consigam chegar ao trabalho nesse dia. O transporte pode ser feito por táxis, carros de aplicativos ou vans fretadas.

Em nota, a entidade ainda alega que acompanhará a situação e, caso a paralisação se prolongue, estudará novas medidas que não onerem os empresários e nem para os empregados. Além disso, poderá que as autoridades competentes intervenham pelo fim da greve.

Por sua vez, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), afirmou que não é aceitável a cidade e o comércio depender da circulação de ônibus. Ainda cobram que a prefeitura tome as medidas necessárias para que a incerteza não se perpetue por um longo período.

Além de cobrar o poder público, a Câmara está conversando com os representantes dos motoristas de vans para buscar alternativas, caso seja necessário.

Greve do transporte público

Em reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU), que aconteceu na segunda-feira (3), os motoristas do transporte público de Campo Grande decidiram paralisar o trabalho a partir desta sexta-feira (7).

De acordo com o diretor financeiro do STTCU, William  Alves, as linhas irão atender apenas trabalhadores da saúde.

O protesto será realizado como forma de pleitear o reajuste salarial prometido para 2021 plo Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte na Capital. Em novembro foi anunciado um aumento de 11,08% no salário dos motoristas, contudo, em janeiro o Consórcio voltou atrás.

“Eles informam que o reajuste que a prefeitura passou para eles, não permite que eles reajustem o salário. Já oficializaram dizendo que não vão repassar o reajuste para os trabalhadores, por isso fizemos Assembleia para deliberar greve”, explicou William.

A paralisação seguirá por tempo indeterminado.

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