Leandro Reis, Rodrigo Manieri, Michael Margarejo e Kelvin Soares são amigos e fizeram do amor pela natureza uma sociedade. Por isso, os quatro resolveram abrir um condomínio em Camisão, distrito de Aquidauana, a 130 quilômetros de Campo Grande.

O negócio deles poderia ser mais um empreendimento para lucro no setor imobiliário, mas os quatro resolveram ir além e atender um público que tem buscado conexão mais íntima com a natureza.

Por isso, se você for atraído até o local pelo preço, mas não ter no coração a vontade de morar em um chalé de madeira onde o projeto só permite 30% de construção em alvenaria, esqueça! O lema do local que ganhou nome de Paraíso da Serra é manter a essência da construção ecológica.

O condomínio tem 70 lotes com tamanhos diferentes e o menor tem 300 metros quadrados. Mas o que tem chamado atenção no local é a construção de chalés de madeira, que são charmosos e fazem do local um estilo de moradia incomum para muitos e transformador para quem é enlouquecido por natureza.

Isso porque o local tem muitas áreas preservadas, bosque, trilhas ecológicas, lagos e mirantes para, além de moradia, proporcionar às pessoas um contato direto com a natureza.

Rodrigo lembra que a ideia deles no início do negócio era vender só os terrenos. “Quando começamos a se envolver, vimos que era possível uma construção de madeira de reaproveitamento que fosse um diferencial. Dentro das inúmeras possibilidades, veio a ideia do chalé.”

A irmã que morou muito tempo em Santa Catarina e visitou diversos lugares falou da inspiração nos chalés suíços, foi então que Rodrigo e Leandro pensaram numa construção de madeira, mas adaptada para a temperatura sul-mato-grossense.

Um dos modelos de chalés em construção.
Eles fecharam parceria com uma empresa de engenharia sustentável e iniciaram a construção do primeiro chalé. Quem decide morar no condomínio pode comprar o terreno e construir com fornecedor de fora ou fechar pacote completo “terreno + construção” para ter o chalé dos sonhos.

Já para quem vai fazer com fornecedores de fora, Rodrigo adianta que o trabalho é avaliado pela administração do condomínio. “Não pode construir qualquer coisa, a madeira tem que predominar. É necessário, também, seguir alguns padrões”, explica.

Detonar todas as árvores para tomar o terreno com a construção também não é permitido. A proposta de ser um chalé mais compacto vai de encontro com a ideia de viver em um bosque. “Queremos ter o máximo de árvores no local, senão perde todo o sentido”.

O morador pode viajar para onde quiser e conhecer belezas naturais, mas a ideia é que volte para o lar e também encontre a natureza sempre presente. Por isso, na área gigante, foram feitos lagos artificiais que são abastecidos com água da chuva, trilhas ecológicas e mirantes para contemplação da beleza da serra.

À venda, tem projetos de chalés a partir de 42 metros quadrados. O menor é estilo um flat, com quarto, banheiro e cozinha integrada com a sala. Já a construção maior pode ser feita com outras duas suítes. “Mas tudo dentro de uma construção ecológica e isso já começa nas vendas. Ela é feita para o público que quer a preservação desse meio ambiente.”

Sobre valores, Rodrigo destaca terrenos a partir de R$ 50 mil ou projetos completos a partir de R$ 130 mil. “O produto fica realmente muito bonito e não tem como não ser feliz em meio à natureza”.