Pelo menos 2.724 pessoas morreram, segundo informações da CNN, e mais de 9 mil ficaram feridas, segundo dados da ANSA, no terremoto que atingiu o sul da Turquia e a Síria e as equipes de resgate estão correndo para retirar os sobreviventes de debaixo dos escombros. Um dos terremotos mais fortes deste século a atingir a região sacudiu os moradores de suas camas por volta das 4h desta segunda-feira (6), com tremores sendo sentidos até o Líbano e Israel.
Na Turquia, pelo menos 1.651 pessoas morreram e milhares ficaram feridas, de acordo com o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay. Na Síria, pelo menos 1.050 pessoas morreram. Segundo a agência de notícias estatal síria SANA, 570 pessoas morreram em áreas controladas pelo governo, principalmente nas regiões de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus.
O grupo “Capacetes Brancos”, oficialmente conhecido como Defesa Civil da Síria, relatou 480 mortes em áreas controladas pela oposição. Grande parte do noroeste da Síria, que faz fronteira com a Turquia, é controlada por forças antigovernamentais em meio a uma sangrenta guerra civil que começou em 2011.
O epicentro do terremoto de magnitude 7,8 foi a 23 quilômetros a leste de Nurdagi, na província turca de Gaziantep, a uma profundidade de 24,1 quilômetros, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
Uma série de tremores secundários reverberou ao longo do dia. O maior, um grande terremoto que mediu 7,5 de magnitude, atingiu a Turquia cerca de nove horas após o terremoto inicial, de acordo com o USGS. Esse tremor secundário atingiu cerca de 95 quilômetros ao norte do original.
Acredita-se que o terremoto de segunda-feira seja o mais forte a atingir a Turquia desde 1939, quando um terremoto da mesma magnitude matou 30.000 pessoas, segundo o USGS. Terremotos dessa magnitude são raros, com menos de cinco ocorrendo a cada ano, em média, em qualquer lugar do mundo. Sete terremotos com magnitude 7,0 ou superior atingiram a Turquia nos últimos 25 anos – mas o de segunda-feira foi o mais poderoso.