A Rússia adotou, nesta sexta-feira (31), uma nova estratégia de política externa que considera os Estados Unidos e o Ocidente como “ameaças existenciais” a Moscou, em um contexto de extremas tensões relacionadas com o conflito na Ucrânia.
“A natureza existencial das ameaças à segurança e ao desenvolvimento do nosso país, impulsionadas por ações de países hostis, é reconhecida” na nova política, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
Segundo ele, os Estados Unidos e seus aliados travam uma “guerra híbrida” contra Moscou.
A nova estratégia de política externa da Rússia se baseia no princípio de que “as medidas antirrussas adotadas por países dos países hostis serão combatidas, constantemente, com severidade, se for necessário”, acrescentou.
A adoção desta nova estratégia de política externa ratifica a profunda ruptura entre Moscou e os países ocidentais desde o lançamento da ofensiva russa contra a Ucrânia.
Este conflito levou a uma grave crise diplomática que lembra a era da Guerra Fria.
Washington e seus aliados impuseram duras sanções econômicas contra Moscou, que os acusa, por sua vez, de travar uma guerra a distância na Ucrânia, em particular pelo fornecimento de armas a Kiev.
Isolada no Ocidente, a Rússia busca se aproximar econômica e diplomaticamente da Ásia, principalmente da China.