Um incêndio em um hospital de Bagdá, capital do Iraque, deixou pelo menos 82 pessoas mortas neste domingo (25) e outras 110 feridas.
A tragédia ocorreu no Hospital Ibn al-Khatib, que abrigava dezenas de pacientes com Covid-19, e teria sido provocada por uma explosão em tanques de oxigênio.
Segundo a Comissão Iraquiana de Direitos Humanos, 28 das 82 vítimas eram pacientes que tiveram de ser retirados de respiradores mecânicos para escapar das chamas.
Após o incêndio, o premiê do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, suspendeu o ministro da Saúde, Hassan al-Tamimi, que será interrogado sobre o caso. O chefe de governo também declarou três dias de luto nacional pelos mortos.
Os hospitais iraquianos sofrem com o sucateamento provocado por décadas de conflitos e investimentos escassos, mas também pela negligência e pela corrupção.
“A tragédia em Ibn al-Khatib é o resultado de anos de erosão das instituições do Estado pela corrupção e pela falta de gestão”, escreveu no Twitter o presidente Barham Salih.
Já o papa Francisco, que esteve no Iraque em março, pediu orações pelos mortos no incêndio. “Estou ao lado das vítimas do incêndio em um hospital para pacientes da Covid em Bagdá”, disse o pontífice na oração “Regina caeli”. (ANSA).