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Declínio dos EUA como superpotência no Afeganistão projeta sombras sobre o Oriente Médio

20 de agosto de 2021
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Militar israelense observa o sul de Líbano, na segunda-feira, nas Fazendas Sheba (colinas do Golã). Foto: ATEF SAFADI / EFE

O fiasco do Afeganistão levou o Oriente Médio a constatar que a progressiva saída de cena dos Estados Unidos como ator hegemônico na região coincide com seu declínio como superpotência. Israel e os países árabes aliados de Washington observam com inquietação como o poder de dissuasão militar derivado dessa associação estratégica pode desaparecer depois da súbita queda do Governo de Cabul, dias depois da retirada das forças norte-americanas do Afeganistão. Especialistas e analistas de segurança temem que o retorno do Talibã ao poder no país centro-asiático acabe dando asas a grupos radicais islâmicos —como no caso do Hezbollah, no Líbano, em vias de se tornar um Estado falido— e favoreça um ressurgimento do jihadismo.

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“Os aliados no Oriente Médio agora terão dificuldades para confiar nas garantias de segurança oferecidas por Washington”, diz o ex-general israelense Yossi Kuperwasser, que foi chefe do serviço investigativo da inteligência militar, em um encontro virtual com jornalistas estrangeiros. “A principal lição a ser aprendida agora é que eles devem se concentrar em contar com capacidade própria de defesa contra ameaças como a do Irã”, destaca o hoje pesquisador do Centro de Assuntos Públicos de Jerusalém.

Também o Irã se viu sacudido pela reinstauração de um emirado fundamentalista sunita em sua fronteira oriental, por onde pode chegar uma avalanche de refugiados. O novo presidente iraniano, o ultraconservador Ebrahim Raisi, disse em declarações televisivas citadas pela Reuters que “a derrota dos EUA e sua retirada podem se transformar em uma oportunidade para restaurar a segurança e a paz no Afeganistão”. O Irã mantém uma atitude ambivalente em relação ao Talibã, grupo ao qual rejeita por ter marginalizado a minoria xiita do Afeganistão, mas com o qual estendeu pontes diplomáticas mais recentemente.

“A era de intervenção e presença dos Estados Unidos no Oriente Médio está chegando ao fim”, prognostica no jornal Haaretz o analista de inteligência Yossi Melman, recordando que sob as administrações dos três últimos —Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden— os EUA vêm se retirando de uma região que só rendeu “gastos enormes e caixões”. Discretamente, o Bahrein já manteve uma rodada de contatos à frente do Conselho de Cooperação do Golfo para analisar a chegada ao poder dos insurgentes afegãos e, sobretudo, a acelerada saída de Washington.

Perante a crescente ausência de forças dos EUA no Oriente Médio, a Rússia ocupou parte do vácuo. Em 2015, sua decidida intervenção militar em favor do regime da Síria salvou o presidente Bashar al Assad da derrota, permitindo que recuperasse o controle da maior parte do país quatro anos depois. Moscou garantiu assim o uso indefinido de suas bases aeronavais na costa síria.

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Em escala regional, Israel se tornou a principal potência militar, a cavalo entre o Mediterrâneo e o golfo Pérsico, com aliados com os quais mantém relações normalizadas, como o Egito e os Emirados Árabes Unidos, e outros que estreitam contatos à sombra, como a Arábia Saudita. “Israel terá que oferecer assistência de segurança aos países sunitas moderados”, antecipa Kuperwasser sobre o novo cenário de segurança regional que se abre depois da queda do Governo afegão, que parece ter fixado os limites para os EUA no Oriente Médio e Ásia Central.

O temor de que a Al Qaeda ressurja numa reedição da sua aliança o Talibã também causa inquietação no Oriente Médio. O colunista Ben-Dron Yemini adverte, nas páginas do Yedioth Ahronoth, que “a marcha vitoriosa dos insurgentes pelas ruas de Cabul foi como uma injeção de reforço para os jihadistas”. O movimento islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, apressou-se em felicitar o Talibã por sua vitória.

Uma década depois da eclosão da Primavera Árabe, o Oriente Médio continua desestabilizado por conflitos intermináveis. A pandemia e a crise econômica causada pelos confinamentos deixaram muitos de seus habitantes à beira do desespero, o que conduz à radicalização. Há países que mergulham no caos, como o Líbano, sufocado pela miséria e o desgoverno depois da explosão que arrasou o porto de Beirute há um ano.

Liderança militar comprometida

O ex-general Kuperwasser argumenta que “o fracasso do Afeganistão reflete as dificuldades do Ocidente em geral e dos Estados Unidos em particular para compreender o mundo islâmico”. “Sua liderança se vê agora comprometida. Continua sendo nosso grande aliado, mas a acelerada retirada deixa um impacto negativo sobre sua imagem como superpotência. Agora teremos que pensar em nos defendermos por conta própria”, conclui o analista de segurança israelense, antes de recordar que Washington optou por não responder com contundência ao recente ataque com drones contra um petroleiro operado por uma companhia israelense, atribuído ao Irã.

Israel mantém a rigorosa coordenação de segurança com os Estados Unidos, que financia seu rearmamento com 3,8 bilhões de dólares (20,45 bilhões de reais) por ano para que disponha de vantagem militar no Oriente Médio. Seus dirigentes guardam silêncio oficial sobre a queda de Cabul, às vésperas da primeira visita do primeiro-ministro Naftali Bennett à Casa Branca, com a disputa sobre a reativação do acordo nuclear com Teerã sobre a mesa. Mas, depois da renúncia dos Estados Unidos a permanecerem no Afeganistão, o Estado judaico continua se reservando —ainda mais do que antes— o direito de lançar uma operação militar contra o Irã para torpedear seu programa atômico e desencaminhar as negociações.

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Fonte: ELPAíS/ML

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