
O Brasil não vai pressionar para que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, renuncie ou abdique do poder, disse Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República.
“Se Maduro chegar à conclusão de que deixar [o poder] é a melhor coisa para ele e a melhor coisa para a Venezuela, será a sua conclusão… O Brasil nunca imporá isto; nunca dirá que isto é uma exigência… Não vamos pressionar para que Maduro renuncie ou abdique”, pontuou Amorim em entrevista ao jornal The Guardian.
O assessor de Lula pontuou que falou à reportagem de maneira “pessoal”, mas admitiu que houve controvérsia nas eleições presidenciais na Venezuela. De toda forma, ele se mostrou contra uma invasão dos Estados Unidos no país sul-americano.
“Se cada eleição questionável desencadeasse uma invasão, o mundo estaria em chamas”, disse.
A entrevista de Amorim foi realizada em um momento de grande tensão entre Estados Unidos e Venezuela.
O governo de Donald Trump acusa Maduro de liderar um cartel de drogas e tem realizado diversos ataques contra barcos na no Pacífico e no Caribe.
Além disso, Trump disse que ataques contra alvos do narcotráfico “em terra” começarão em breve — por mais que não tenha dado detalhes de onde ocorrerão.
O regime venezuelano acusa a Casa Branca de tentar forçar a troca de comando no país e mobilizou os militares para o caso de uma invasão.
CNN








