Um projeto de restauração para remover vegetação invasora das dunas belgas levou à descoberta de três bunkers intactos da Segunda Guerra Mundial no parque Heist Willemspark, no município de Knokke-Heist. Estas estruturas enterradas fizeram parte do Muro do Atlântico, um sistema de defesas costeiras construído pelos alemães durante a guerra.
Os arqueólogos da Agência do Patrimônio da região de Flandres precisaram escavar poucos metros de profundidade para encontrar os bunkers. Esses esconderijos eram destinados a abrigar um Gruppe, unidade alemã de 10 soldados, que operava posições avançadas de radar. As estruturas mediam externamente 6 por 7 metros e tinham um telhado de concreto reforçado com 1 metro de espessura.
As escavações do projeto “LIFE DUNIAS” também encontrou vestígios de tijolos de trincheiras e objetos como utensílios, munições, cabos e tubos de água. Essas descobertas revelam esforços anteriores de destruir a história de guerra do local.
“Essas ruínas ilustram as tentativas anteriores de apagar completamente a história de guerra do parque”, afirma um comunicado. “As estruturas mais leves foram demolidas e reduzidas a escombros, enquanto os bunkers mais pesados foram cobertos com uma camada de solo e escondidos, como se nunca tivessem existido.”
Três bunkers intactos da Segunda Guerra são descobertos enterrados na Bélgica
Na Primeira Guerra Mundial, o parque Heist Willemspark foi utilizado como posição alemã para baterias de artilharia pesada chamadas “Freya” e “Augusta”, além de abrigar uma série de bunkers de observação avançada para auxiliar a navegação no Canal da Mancha. Segundo o site Heritage Daily, muitas dessas estruturas foram reutilizadas pelo exército alemão na Segunda Guerra.
Durante essa última, os alemães fortificaram as estruturas existentes como parte do Muro do Atlântico, um sistema defensivo costeiro construído entre 1942 e 1944 ao longo da costa europeia. Essa fortaleza era considerada praticamente intransponível.
Fotos aéreas, relatos de resistência e medições após a guerra analisadas pelos pesquisadores apresentam uma ideia do extenso posto de apoio alemão, que consistia em cerca de 60 estruturas, desde pequenos bunkers de munição até grandes alojamentos para tropas.
As construções faziam parte de uma rede de bloqueios, trincheiras e estradas de concreto. Atravessando o mar, havia posições de artilharia pesada e um muro antitanque, enquanto do lado da terra havia uma linha de bonde para abastecimento.
Fonte: Galileu