Coxim Agora

Restos de alimentos são encontrados em naufrágio romano de 1,7 mil anos

Por Redação

Em 28 de abril de 2024

Madeiras intactas do navio de 1.700 anos atrás — Foto: Arqueomallornauta / Consell de Mallorca / Universities of the Balearic Islands, Barcelona & Cadiz

Em 2022, arqueólogos da Universidade de Cádiz, na Espanha, anunciaram a descoberta do barco cargueiro do Império Romano Ses Fontanelles, naufragado no século 4 d.C. Novas análises da embarcação publicadas no dia 21 de março no periódico Archeological and Anthropological Sciences mostram quais alimentos eram transportados pelo navio

A embarcação trazia em seu compartimento de carga 300 ânforas (recipientes utilizados no transporte de alimentos), que eram de três tipos: o já conhecido formato Almagro 51c; a Keay XIX, que possui um fundo plano; e o tipo Ses Fontanelles I, que se destaca por ser uma ânfora maior e mais pesada do que a maioria.

Disposição das ânforas no compartimento de carga da embarcação — Foto: Arqueomallornauta/Consell de Mallorca/Universities of the Balearic Islands, Barcelona & Cadiz
Disposição das ânforas no compartimento de carga da embarcação — Foto: Arqueomallornauta/Consell de Mallorca/Universities of the Balearic Islands, Barcelona & Cadiz

A maioria dos objetos pode ser classificado como Almagro 51c. Os pesquisadores observaram que tais ânforas recebiam uma marcação de transporte de molho de peixe, que, após análises residuais, foi revelado que eram de anchovas europeias (Engraulis encrasicolus) e sardinhas. Já as Ses Fontanelles I continham vestígios de óleo vegetal e as Keay XIX transportavam vinho ou azeitonas preservadas com derivados de uva.

Alguns resíduos vegetais, como videiras, foram encontrados entre as ânforas. Segundo informações do site da revista Scuba Diver, acredita-se que eles tenham sido usados como uma cobertura ou estofo para proteger os potes de baterem entre si e racharem. Além disso, foi encontrada uma única pinha, possivelmente empregada para separar as ânforas ou para tampá-las.

Os pesquisadores também observaram que algumas ânforas exibiam inscrições pintadas em sua superfície, contendo informações como a origem, destino, o tipo de produto e quem poderia ser o proprietário da mercadoria (este era identificado como “Alunnius et Ausonius”, possível dono de um empreendimento comercial fugaz).

Fonte: Galileu

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