Pesquisadores encontraram um raro fóssil de uma espécie humana extinta em uma caverna nas montanhas do Tibete. Trata-se de um osso da costela de um hominídeo de Denisova, grupo que viveu há milhares de anos. A descoberta foi publicada na revista científica Nature.
A descoberta sugere que os Denisovanos podem ter vivido no leste da Ásia até cerca de 32 mil anos atrás, um período mais recente do que se acreditava. Caso a datação se confirme, isso sugere que esses hominídeos ainda estavam vivos quando nossa própria espécie se espalhava pela Ásia. Assim, o achado reforçaria pesquisas genéticas anteriores que mostram que algumas pessoas no sudeste asiático compartilham até 5% de seu DNA com esses humanos extintos.
Com tão poucos fósseis, a maioria das descobertas sobre a espécie baseia-se na genética. Sabe-se, por exemplo, que os Denisovanos se cruzaram com Neandertais e Homo sapiens, deixando um legado genético que ainda vive em alguns grupos no sudeste asiático e na Oceania. Isso sugere que os Denisovanos provavelmente viveram no sudeste asiático, mas há poucas evidências fósseis para comprovar isso.
Zandra Fagernäs, coautora do estudo, afirma que a nova descoberta ajuda a compor um retrato dos Denisovanos. “Como conhecemos os Denisovanos apenas por alguns fósseis no mundo todo, eles ainda são um pouco misteriosos”, disse. “Cada novo indivíduo descoberto fornece uma peça significativa do quebra-cabeça de quem eles eram, onde viviam e quando”, concluiu.
Fonte: History
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