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COP

Professora encontra pedra com escritos de 1.600 mil anos na Irlanda

Por Redação

Em 30 de maio de 2024

A pedra ogham, com 11 cm de comprimento e 139g de peso, foi encontrada em um jardim — Foto: Galeria de Arte e Museu Herbert

Ao encontrar uma pedra de arenito antiga em seu jardim em Coventry, na Irlanda, a professora de geografia Graham Senior decidiu contatar especialistas. Ela ficou surpresa ao descobrir que o item tinha mais de 1.600 anos e pertenceu a Idade Média.

A pedra retangular tem 11 cm de comprimento e pesa 139g, tem uma escrita ogham, um alfabeto usado no período medieval inicial principalmente para escrever em irlandês. Esse modelo de linguagem é composto por linhas paralelas em grupos em materiais, como a rocha descoberta por Senior.

“Eu estava apenas limpando um canteiro de flores de ervas daninhas e pedras, quando vi essa coisa e pensei: isso não é natural, não são arranhões de um animal. Não pode ter sido mais do que quatro ou cinco polegadas abaixo da superfície”, disse a professora em entrevista ao jornal The Guardian.

Ela lavou a pedra e consultou um parente arqueólogo, que sugeriu contatar o Esquema de Antiguidades Portáteis, que incentiva o registro de objetos arqueológicos encontrados pelo público. Em seguida, enviou fotografias da rocha para uma responsável no departamento, que viu seu potencial.

“Esta descoberta em particular nos deu uma nova visão da atividade do início da Idade Média em Coventry, que ainda precisamos entender. Cada descoberta como essa nos ajuda a preencher nosso quebra-cabeça e nos dá um pouco mais de informação”, explicou Teresa Gilmore, arqueóloga e oficial de ligação de achados para Staffordshire e West Midlands baseada nos Museu de Birmingham.

Graham Senior, descobridor da pedra, com Ali Wells, curador da exposição na Herbert Art Gallery and Museum em Coventry — Foto: Galeria de Arte e Museu Herbert
Graham Senior, descobridor da pedra, com Ali Wells, curador da exposição na Herbert Art Gallery and Museum em Coventry — Foto: Galeria de Arte e Museu Herbert

Em seguida, a arqueóloga consultou Katherine Forsyth, professora de Estudos Celtas da Universidade de Glasgow, na Escócia, que confirmou ser um texto ogham em um estilo antigo, podendo pertencer aos séculos 5 ao 6, mas possivelmente de mais cedo, no século 4.

Gilmore tem duas teorias sobre a origem da pedra: pertencente às pessoas que vieram da Irlanda ou em mosteiros do início da Idade Média na área, onde tinha monges e clérigos se movendo entre os diferentes centros religiosos. A segunda sugestão é se tratar de um item comemorativo portátil.

Ambas as hipóteses vêm da tradução das marcações da pedra, “Maldumcail/S/ Lass”. “A primeira parte se relaciona com o nome de uma pessoa, Mael Dumcail. A segunda parte é menos certa. Não temos certeza de onde vem o S/ Lass. Provavelmente é um local”, afirmou a especialista.

Senior tem outra suposição para a origem da pedra em seu jardim — ela acredita ter vindo de uma rota de transporte importante, já que mora perto do Rio Sowe.

A professora doou o artefato para o Museu e Galeria de Arte Herbert, em Coventry, onde será exibido de forma permanente a partir de 11 de maio.

Essa descoberta oferece uma nova visão da atividade do início da Idade Média na cidade e é considerada uma peça significativa para a compreensão da história.

“É realmente incrível. A linguagem é originária da Irlanda. Então, encontrá-la dentro de Coventry, tem sido um mistério emocionante. Coventry foi escavada ao longo dos anos, especialmente o centro da cidade, então não há muitas descobertas novas. Foi bastante inesperado”, concluiu Ali Wells, curador do museu.

Fonte: Galileu

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