Uma estrutura circular de 4.000 anos foi descoberta no topo de uma colina na Grécia. Segundo arqueólogos, o palácio pode ter sido utilizado para rituais da civilização Minoica, que surgiu durante a Idade do Bronze, na ilha de Creta. O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura do país na última terça-feira (11).
A construção de 48 metros de diâmetro foi descoberta a 51 quilômetros de distância da cidade de Iráklio, capital de Creta, durante a instalação de sistemas de segurança para um novo aeroporto. Composto por oito grandes anéis de pedra sobrepostos com paredes que conectam os cômodos uns aos outros, o prédio antigo tem duas zonas principais: uma circular com 15 metrôs de diâmetro no centro e uma área criada por paredes que saem dela.
“Este é um achado único e de grande interesse. Existem soluções para que a investigação arqueológica do monumento seja concluída e este fique totalmente protegido. Temos uma cooperação extremamente boa com o Ministério das Infraestruturas e Transportes e com o Vice-Ministro responsável, Nikos Tahiao”, diz Lina Mendoni, ministra da cultural da Grécia, em comunicado.
Com base no estilo dos fragmentos de cerâmica encontrados na escavação, os arqueólogos estimam que a construção seja datada entre 2.000 e 1.700 a.C., bem no auge da civilização Minoica. De 3.000 a 1.100 a.C., os minoicos criaram um dos primeiros complexos de culturas europeias em Creta. Eles deixaram vários restos de cerâmicas, roupas e joias para trás, sua linguagem principal, no entanto, nunca foi totalmente decifrada.
Após o colapso de sua civilização, os minoicos ficaram esquecidos até serem relembrados por sir Arthur Evans, arqueólogo do século 20 que cunhou o termo “minoico” em homenagem ao rei Minos. Na mitologia, o arquiteto Dédalo construiu o labirinto a pedido de Minos, com o objetivo de proteger a população do Minotauro, ou o Touro de Minos, criatura com corpo de homem, cabeça e cauda de touro.
De acordo com o ministério, é improvável que o palácio descoberto tenha sido usado como residência. A presença de vários ossos animais no local sugere que ali ocorriam rituais comunitários, como banquetes regados a comida, vinho e outras oferendas.
“Nossa prioridade é a proteção do monumento, deste achado único. Todos nós compreendemos a importância e o valor do patrimônio cultural, bem como o tamanho do desenvolvimento do projeto específico, que está sendo feito em Kasteli. O projeto do novo aeroporto pode prosseguir e as antiguidades podem ser protegidas, como devem ser”, finaliza Mendoni.
Fonte: Galileu