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DNA da Peste Negra é encontrado em múmia egípcia de cerca de 3.300 anos

Por Redação

Em 30 de dezembro de 2024

A doença cardíaca não é apenas uma condição moderna e está presente nas pessoas múmificadas — Foto: Wikipedia Commons

Pesquisadores internacionais descobriram vestígios de DNA da doença Peste Negra em uma múmia egípcia com cerca de 3.300 anos. A análise genética revelou que o homem, cujos restos estão preservados no Museo Egizio, na Itália, estava infectado com a bactéria Yersinia pestis, causadora da peste bubônica, quando morreu. Este é o caso mais antigo confirmado de infecção pela peste fora da Eurásia (junção da Europa e Ásia), fazendo os cientistas de questionarem sobre as origens e a propagação da doença.

A peste bubônica, que dizimou milhões de pessoas durante a pandemia medieval do século XIV, é uma das doenças mais devastadoras da história. Recentemente, cientistas conseguiram identificar o DNA da Yersinia pestis em restos de corpos pré-históricos, o que indica que a bactéria circulava muito antes da Idade Média. No entanto, até o momento, todas as evidências anteriores haviam sido encontradas na Europa e na Ásia. Agora a descoberta de vestígios do patógeno em uma múmia egípcia revela que a peste estava restrita a essas regiões.

Essa análise foi realizada por uma equipe estudiosos do mundo todo que, após examinar os ossos e o conteúdo intestinal da múmia, confirmaram a presença da bactéria em estágio avançado. Isso sugere que o indivíduo já estava sofrendo de sintomas graves da doença quando faleceu.

Imagens da bácteria Yersinia pestis — Foto: Wikipédia
Imagens da bácteria Yersinia pestis — Foto: Wikipédia

“Este é o primeiro genoma pré-histórico de Y. pestis relatado fora da Eurásia, fornecendo evidências moleculares da presença de peste no antigo Egito, embora não possamos inferir o quão disseminada a doença estava durante esse período”, escrevem os pesquisadores em um resumo apresentado no Encontro Europeu da Associação de Paleopatologia, em 21 de agosto.

Peste no Antigo Egito: teorias e evidências

Embora a descoberta recente seja a primeira confirmação molecular da peste no Egito Antigo, a possibilidade de que a doença tenha afetado o Egito já havia sido sugerida por outras evidências. Em 1999, pesquisadores encontraram pulgas em uma vila arqueológica de Amarna, onde trabalhadores da tumba de Tutancâmon viveram. Como as pulgas são os principais transmissores da Yersinia pestis, essa descoberta alimentou a teoria de que a peste poderia ter sido um problema no Egito Antigo.

Além disso, um texto médico de 3.500 anos, o Papiro de Ebers, descreve uma doença que causava “bubões”, um sintoma clássico da peste bubônica. Essa menção, junto com a descoberta das pulgas, levou alguns estudiosos a especularem que a peste poderia ter sido transmitida por pulgas que infestavam ratos do Nilo, antes de os ratos negros, conhecidos por transportar a peste, se espalharem pelo mundo através do comércio marítimo.

Embora a teoria de que os ratos do Nilo foram responsáveis pela disseminação da peste seja plausível, até a recente descoberta do DNA, não havia evidências definitivas para apoiar essa hipótese.

Fonte: Galileu

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