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Cemitério romano revela indivíduo de “alto status” enterrado em gesso líquido

Por Redação

Em 22 de janeiro de 2025

Raro sepultamento em gesso líquido pertenceu a indivíduo de ‘alto status’ da Grã-Bretanha romana — Foto: Divulgação/Headland Archaeology

Durante escavações em uma antiga estrada em Cambridgeshire, na Inglaterra, arqueólogos encontraram um cemitério romano com um sepultamento curioso no centro: um caixão de pedra com um indivíduo revestido em gesso líquido. Esse tipo de sepultamento é mais encontrado em centros urbanos, sendo incomum na zona rural da Grã-Bretanha.

“Acreditamos que esse teria sido um empreendimento caro e, portanto, indicativo de um indivíduo de alto status”, disse Jessica Lowther, arqueóloga comunitária da Headland Archaeology, empresa responsável pela escavação.

Segundo comunicado, o gesso teria sido transportado de um local a 50 km de distância de onde foi encontrado, o que aumentava na época os custos de transporte. Isso, junto da posição central do sepultamento dentro do cemitério, sugere que o falecido era uma pessoa importante, talvez o chefe de uma família proeminente.

O processo de revestir a pessoa falecida em cimento ou gesso acabava preservando restos orgânicos, ou a mortalha e, nesse caso, foi encontrado um pedaço de tecido no caixão. O gesso era despejado líquido sobre o morto e endurecia até formar um molde duro, o que, frequentemente, podia preservar a impressão do indivíduo.

Nas proximidades da sepultura, também estava um recipiente de vidro que pode ter sido usado como uma espécie de brinde ao falecido.

Outros enterros do cemitério

Datado do período romano na Grã-Bretanha (42 a 410 d.C.), o local contém 21 sepulturas, incluindo sepulturas dispostas dentro e fora de uma vala delimitadora, além do raro sepultamento central em gesso.

Indivíduo do cemitério da era romana cujo crânio foi depositado nos pés — Foto: Headland Archaeology
Indivíduo do cemitério da era romana cujo crânio foi depositado nos pés — Foto: Headland Archaeology

Entre os achados, destacam-se diversos tipos de sepultamento incomuns para um cemitério pequeno, como enterros em cofres – forrados com longas pedras –, cremações, sepulturas com decapitações, enterros com pregos de ferro (sugerindo o uso de caixões de madeira) e até uma sepultura vazia.

Uma das sepulturas mais notáveis pertence a uma jovem de 16 a 20 anos, enterrada com um grande conjunto de objetos aos seus pés, incluindo brincos de prata, nove pulseiras de liga de cobre, três anéis do mesmo material, além de uma banda de prata com uma placa oval — possivelmente parte de um anel. “Uma teoria é que esses itens poderiam compor um dote, o que explicaria por que não foram usados no corpo”, explicou Lowther ao site Live Science.

Recipiente de vidro pode ter sido usado para fazer uma espécie de brinde ao falecido — Foto: Divulgação/Headland Archaeology
Recipiente de vidro pode ter sido usado para fazer uma espécie de brinde ao falecido — Foto: Divulgação/Headland Archaeology

Outra sepultura marcante, pertencente a uma criança, também continha brincos de prata semelhantes aos da jovem, além de dez pulseiras de liga de cobre, quatro pulseiras e um pente feitos de osso.

Apesar das semelhanças, Lowther sugere que isso pode refletir o estilo de um artesão local, em vez de um vínculo familiar entre os indivíduos. Agora, os especialistas planejam estudar os restos mortais para compreender a duração do uso do cemitério, sua relação com a paisagem ao redor e as histórias individuais daqueles enterrados no local.

Fonte: Galileu

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