Dijon é uma cidade da Borgonha, região que estava localizada em rotas comerciais importantes, como comércio de sal – um elemento essencial para conservar alimentos. E a proteção contra umidade e a segurança da igreja a tornava um local ideal para armazenar esse bem.
Com a laje instalada 50 anos atrás, o sal impregnado no solo do edifício subiu até os pilares por ação capilar sob o efeito do calor. Quando aquecido, o sal provocou rachaduras na fundação da igreja que precisou ser restaurada mesmo após a remoção da laje.
Acontece que a restauração logo se tornou uma escavação arqueológica da fundação, revelando um cofre escondido que continha os caixões de crianças e adultos. Os sepultamentos em caixões de madeira continham falecidos vestidos ou envoltos em mortalha e poucos objetos, como moedas e dois rosários.
Construída na segunda metade do século 12, a igreja possui um pórtico, uma torre de sino e capelas laterais, todos construídos séculos depois de sua inauguração.
Em 1923, foram descobertos ali vestígios de uma igreja anterior, e no local também já foram encontrados sarcófagos do período merovíngio (481-751) e da Antiguidade, localizados no piso da igreja, que datam da transição entre a Antiguidade e a Idade Média.
Fonte: Galileu