O Museu Royal Łazienki, em Varsóvia, na Polônia, recebeu via correio um pacote misterioso do Canadá contendo 12 azulejos originais do século 17, que pertenciam a um pavilhão de banhos barroco. Esse envio foi feito por um remetente anônimo, um homem que fez sua devolução pouco antes de morrer, e as autoridades polonesas estão investigando o incidente.
Os azulejos estavam desaparecidos desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e foram encomendados pelo nobre polonês Stanisław Herakliusz Lubomirski, que viveu de 1642 a 1702. Agora, as peças estão em uma exposição no museu sobre ele, mostrando sua vida e legado, além da história e arquitetura dos banhos barrocos, conforme o site da revista Smithsonian Mag.
No final do século 17, Lubomirski mandou construir um pavilhão de banhos barroco em Varsóvia, na Polônia. O local foi adquirido e ampliado pelo rei Stanisław Augusto em 1764, tornando-se o atual Palácio da Ilha, que agora abriga o Museu Real Łazienki.
Certas paredes do palácio eram decoradas com azulejos holandeses do século 17, em azul e branco, com imagens de árvores e pastores. Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas incendiaram o edifício, resultando no desaparecimento de alguns exemplares.
“Esta história é um cenário pronto para um filme”, escreveu o Ministério da Cultura e Patrimônio Nacional da Polônia, em uma postagem do Facebook publicada em 26 de abril. “Os azulejos de cerâmica holandeses originais que no século 17 decoraram o interior do atual Palácio da Ilha, estão de regresso ao Museu Royal Łazienki após anos.”
Os azulejos provavelmente foram feitos em Utrecht, Holanda, entre 1690 e 1700, de acordo com o Art Newspaper. “Segundo historiadores da arte, tais azulejos se tornaram um sinal do status financeiro do anfitrião, e a moda foi iniciada pela corte francesa em Versalhes”, explica o portal polonês Nauka w Polsce.
Fonte: Galileu