A defensora pública paraguaia, advogada Gladys Escobar esteve na manhã desta quinta-feira (29) na Penitenciária de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Ela foi fazer uma vista aos sete membros do Clã Rotela estão em greve de fome.
Segundo a defensora, os faccionados da organização criminosa paraguaia, denunciaram a existência de privilégios aos membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo ela, em entrevista a uma emissora de rádio de Pedro Juan Caballero, a situação é preocupante.
Ainda de acordo com Gladys Escobar, alguns dos detentos em greve estão com os lábios costurados com arame. Diante dessa situação, foram solicitados atendimentos médicos e psicológicos.
Na mensagem divulgada pelos presos, que motivou a visita, um dos porta-vozes do grupo, formado por sete detentos, identificado como Víctor López, pede uma conversa reservada com as autoridades paraguaias. Na semana passada PCC e Clã Rotela iniciaram um motim na penitenciária, que acabou controlado.
“Somos presos que tentam ficar calmos, lutamos por nossas liberdades, para ter paz de espírito, não somos nós que estamos fazendo reféns, nem ferindo funcionários, mas as represálias estão vindo em nossa direção, não temos dinheiro e eles estão nos intimidando”, diz o porta-voz.
A rixa entre as duas facções ficou ainda mais intensificada após a transferência de dois membros do Primeiro Comado da Capital. Esses presos foram condenados pelo massacre da Penitenciária de São Pedro e são consideram inimigos declarados do Clã Rotela.