O governo de Joe Biden fez alertas sobre como devem ser os próximos passos da guerra na Ucrânia. A tendência é que o conflito recrudesça e que a Rússia use até “armas químicas”, segundo palavras dos norte-americanos.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou, nesta quarta-feira (9/3), que o Exército russo teria à disposição esse tipo de artefato para atacar em breve.
“Todos nós devemos estar atentos para que a Rússia possivelmente use armas químicas ou biológicas na Ucrânia, ou crie uma operação de bandeira falsa usando-as. É um padrão claro”, salientou.
Na retórica russa, os Estados Unidos é que estariam financiando laboratórios na Ucrânia com o intuito de criarem armamentos químicos para serem usados contra a invasão russa. Os norte-americanos negam.
Em outra frente, segundo informações de agências internacionais de notícias, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) fez alertas à Casa Branca.
O monitoramento indicaria que a violência nos combates pode aumentar de forma exponencial nas próximas duas semanas.
A agência avisou que a Rússia, supostamente, vai intensificar os bombardeios para conseguir tomar o poder de cidades e áreas estratégicas.
Versão russa
Em tímido aceno de recuo, o governo russo afirmou que a “operação militar especial”, como eles denominam a guerra na Ucrânia, não visa derrubar o presidente Volodymyr Zelensky.
Nesta quarta-feira (9/3), durante entrevista coletiva em Moscou, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, garantiu que houve avanços nas negociações e que seu país vai conseguir estabelecer status neutro ucraniano em relação ao ingresso na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Não queremos ocupar a Ucrânia, ou a destruição de seu Estado, ou a derrubada do governo. Não é dirigido contra a população civil”, frisou.
Zakharova relatou que “houve algum progresso” nas negociações nos últimos dias, o que deve ser acentuado nas próximas reuniões entre russos e ucranianos.
“Estão ocorrendo negociações com a parte ucraniana para acabar, o quanto antes, com o banho de sangue sem sentido e a resistência das Forças Armadas ucranianas”, concluiu a porta-voz.