A sessão desta segunda-feira (7) é marcada por mais um dia de forte queda nos mercados globais, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizar os impactos econômicos de suas medidas comerciais. “Esqueçam os mercados por um segundo”, disse Trump na noite de domingo (6), reforçando que não fará concessões nas tarifas a menos que os países zerem seus déficits comerciais com os EUA.
“Não quero que nada despenque, mas às vezes é preciso tomar remédio para consertar alguma coisa”, disse Trump a repórteres no Air Force One sobre as consequências econômicas de suas tarifas.
A declaração veio após um fim de semana de frustração entre investidores, que esperavam algum sinal de moderação ou avanço em negociações para evitar uma escalada tarifária global. No sábado (5), entrou em vigor uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações. Um novo pacote, com taxas de até 50% sobre produtos de cerca de 60 países, está previsto para esta quarta-feira (9).
“Fomos tratados tão mal por outros países porque tivemos uma liderança estúpida que permitiu que isso acontecesse”, acrescentou. “Não sei dizer o que acontecerá com os mercados. Mas nosso país está muito mais forte”, disse Trump.
Trump afirmou que não fará um acordo com Pequim a menos que o déficit comercial com a China seja resolvido. “A menos que resolvamos esse problema, não farei um acordo”, disse Trump.
Ele acrescentou que conversou com líderes europeus e asiáticos sobre as tarifas adotadas por seu governo, acrescentando que “eles estão loucos para fazer um acordo”.
No sábado, Trump já havia aconselhado investidores a “segurar firme” em publicação em sua rede social Truth, chamando a ofensiva tarifária de “uma revolução econômica”.
Mercados operam com fortes perdas
No pré-mercado dos EUA, os índices futuros apontavam novas perdas às 6h35 (horário de Brasília): Dow Jones caía 3,17%, S&P 500 recuava 3,30% e Nasdaq perdia 3,65%. Desde o anúncio das tarifas, o S&P 500 já acumulou queda de 10,5%, equivalente a uma perda de cerca de US$ 5 trilhões em valor de mercado.
Nos mercados da Ásia-Pacífico, os índices fecharam com fortes quedas. O Hang Seng, de Hong Kong, despencou 13,22%, enquanto o Shanghai SE recuou 7,34% e o Nikkei, do Japão, caiu 7,83%. Os investidores intensificaram a busca por ativos de segurança diante do temor de uma recessão global causada pela guerra comercial.
Apesar da pressão, a equipe econômica de Trump reafirmou a continuidade das medidas. “As tarifas vão continuar, independentemente do que os mercados fizerem”, disse o secretário de Comércio, Howard Lutnick. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que não vê motivos para precificar uma recessão.
O impacto também atingiu as commodities: o petróleo WTI recuava 3,57%, a US$ 59,78 o barril, enquanto o Brent caía 3,42%, a US$ 63,34. O minério de ferro na China perdeu 3,29%, cotado a 720 iuanes (US$ 98,88). O Bitcoin chegou a recuar 10% e o ETF brasileiro EWZ caía mais de 4% nas primeiras horas desta segunda.
(com Reuters)
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