continuidade da guerra na Ucrânia já tem impactado nos preços de uma série de produtos no mercado internacional, em especial aqueles ligados às economias ucraniana e russa.
Nesta terça-feira (1º), o preço do trigo subiu 8,91%, chegando ao maior valor em 13 anos, enquanto o milho avançou 6,06%. Segundo o diretor, Fernando Nakagawa, já há relatos na imprensa internacional de empresas de ração animal que estão comprando alternativas ao milho para compor seus produtos.
No caso do Brasil, a chegada da alta de preço do trigo é indireta, já que a maior parte da commodity é importada da Argentina. Entretanto, a cotação seguida é a internacional, o que encarece os valores.
Trigo subiu 8,91%, maior preço em 13 anos, e o milho subiu 6,06%, com relatos na imprensa internacional de empresas de ração animal comprando alternativas ao milho
Outro setor afetado é o de petróleo e gás. Também nesta terça-feira, a imprensa suíça informou que a empresa por trás do gasoduto Nord Stream 2, um consórcio internacional, estaria insolvente. “Para além da saída dos sócios, pode ter um problema de sobrevivência da empresa”, afirma Nakagawa.
O cenário fez os preços do petróleo atingirem valores recordes. Com a notícia de que os países liberarão os seus estoques de petróleo equivalentes a menos de um dia de consumo, o tipo Brent, referência para o Brasil, subiu 7,78%, aos US$ 105 o barril. Já o tipo WTI, referência nos Estados Unidos, avançou 9,08%, na casa dos US$ 100.
“Tudo isso junto significa uma cosia para a economia global: inflação. Já é um problema hoje, e pode ser piorado com essa situação”, diz Nakagawa.
Segundo ele, o preço da gasolina está hoje desafado em 13%, e o do diesel, 12%. “Se aplicasse os percentuais de reajuste na média nacional da ANP, a gasolina iria de R$ 6,56 para R$ 7,41 o litro, e diesel para R$ 6,26”.