Enquanto muitos vivem cenários de reposição de vitaminas por deficiência ou até mesmo para manter uma vida saudável, surgem algumas dúvidas de possíveis impactos na absorção desses nutrientes, entre esses, a bebida alcoólica. Afinal, ela afeta mesmo o processo de reposição?
Aline Fonseca, professora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, explica que a vitamina de maior impacto na absorção ao ser realizada em uma rotina que tenha consumo de álcool é a do complexo B, conhecida por desempenhar um papel crucial no metabolismo energético e na saúde do sistema nervoso. “Estudos sugerem que o álcool pode interferir na absorção dessa vitamina, especialmente a vitamina B1 (Tiamina) e a B9 (folato), levando a deficiências que podem ter sérias consequências para a saúde”.
Um aspecto importante a considerar é a quantidade e a frequência do consumo de álcool. Enquanto o consumo moderado pode ter um impacto mínimo na absorção de nutrientes, o consumo excessivo e crônico de álcool está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo deficiências nutricionais.
Estudos demonstram que pacientes que fazem uso excessivo de álcool possuem alterações hepáticas significativas, tais como a esteatose hepática, resultando em lesões nos hepatócitos (células do fígado) e acúmulo de gordura o que pode reduzir a absorção de vitaminas.
Fonseca aponta ainda que embora o foco principal esteja nas vitaminas do complexo B, há evidências de que o álcool também pode afetar a absorção de outras vitaminas e minerais, incluindo a vitamina C, vitamina D, zinco e magnésio. Todavia, a extensão e a gravidade desses efeitos devem estar correlacionadas com o grau de etilismo do indivíduo, bem como a possibilidade de haver outras patologias envolvidas.
Fonte: NM/ML