
Francisco Batista do Nascimento, de 34 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (15) após um confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, no bairro Vila Bela, em Coxim.
Segundo informações preliminares, ele seria integrante de uma facção criminosa. Francisco apresentava pelo menos duas perfurações e chegou a ser socorrido ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, mas não resistiu aos ferimentos.
Equipes do Choque e do Corpo de Bombeiros acompanharam o caso no hospital.
Operação Integrar II
O confronto ocorreu em meio à Operação Integrar II, que contou com ações do Batalhão de Choque nas cidades de Sonora e Pedro Gomes, no dia 14 de agosto, para cumprimento de mandados de busca e apreensão contra integrantes de facções criminosas.
Durante as diligências, a Polícia prendeu um homem apontado como articulador de homicídios contra membros de grupos rivais. Ele revelou receber ordens de um indivíduo conhecido pelos apelidos “Tio Chico” e “Kamikaze”, suposto responsável pela Sintonia Regional da área norte do Estado.
Ainda segundo o detido, recebeu a missão de alugar uma casa em Coxim para servir de esconderijo a atiradores e também de transportar armas de Coxim para Sonora, dando suporte logístico às ações criminosas. Ele indicou um endereço na cidade onde poderiam estar armazenados armamentos.

O confronto em Coxim
Ao chegar ao local indicado, a guarnição visualizou um homem armado na frente da residência. Ao perceber a aproximação policial, ele fugiu para dentro do imóvel. A equipe ordenou que se rendesse, mas não houve obediência.
Em determinado momento, o suspeito disparou contra os policiais, que reagiram para cessar a agressão. Após ser atingido, foi desarmado e socorrido com vida, mas acabou falecendo no hospital.
A perícia constatou que a arma utilizada era um revólver calibre .357, com cinco munições, sendo duas deflagradas. No local também foram apreendidas porções de maconha totalizando 575 gramas.
Histórico criminal
Francisco Batista do Nascimento possuía extensa ficha criminal, incluindo passagens por roubo, sequestro relâmpago, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e diversas ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas.
Conhecido por seu comportamento violento, já havia demonstrado agressividade tanto nas ruas quanto dentro do sistema prisional. Sua primeira passagem pela polícia ocorreu ainda na adolescência. Em 2013, chegou a ameaçar o próprio irmão com um revólver calibre .38.
Além de integrar a facção criminosa, atuava no recrutamento de novos membros, coordenava os chamados “disciplinas de rua” e participava de “julgamentos” contra integrantes de grupos rivais. Mesmo preso anteriormente, continuou exercendo influência criminosa, chegando a planejar a morte de um detento de facção adversária dentro do presídio.

Maikon Leal com Mikaela Loni








