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Aumento de tarifas nos EUA atinge exportações de MS — Região Norte também deve sentir os efeitos

Por Redação

Em 6 de agosto de 2025

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Foto: Divulgação/IAGRO

O recente aumento de tarifas aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros já começa a causar preocupação entre exportadores de Mato Grosso do Sul. Com foco em setores estratégicos como carnes, alimentos processados, bebidas e até máquinas industriais, a medida afeta diretamente a economia de diversos municípios sul-mato-grossenses — inclusive na Região Norte do Estado, onde algumas cidades já demonstram queda nas expectativas de receita externa.

O município de Paraíso das Águas e Rochedo, por exemplo, localizados na região Norte, tem como principal produto de exportação o açúcar e carnes. Mesmo com volume menor que grandes centros industriais, a cidade integra a cadeia logística do setor sucroenergético e frigorífico, que agora encara um cenário mais desafiador para manter sua competitividade internacional. O aumento nas tarifas dificulta o escoamento para o mercado norte-americano, reduzindo margens de lucro e desestimulando novos contratos.

Já em outras regiões de Mato Grosso do Sul, como a Central e Sul, o impacto também é considerável. Campo Grande, a capital, lidera entre os exportadores com uma pauta diversificada: carnes, alimentos processados e matérias-primas compõem a lista de produtos agora sob pressão tarifária. Nova Andradina e Naviraí, por sua vez, são fortes polos exportadores de carne e açúcar, e também devem sentir os efeitos no curto prazo.

As tarifas impostas pelos EUA afetam especialmente setores onde o Brasil é competitivo, criando uma barreira não apenas econômica, mas também política, num momento em que o comércio internacional se torna mais protecionista.

Para Mato Grosso do Sul, onde a agroindústria representa parte importante do PIB estadual, a decisão norte-americana exige resposta rápida e estratégias comerciais alternativas — seja por meio da diversificação de mercados, como a Ásia e o Oriente Médio, seja por meio da agregação de valor aos produtos exportados.

Na região Norte do Estado, além de Paraíso das Águas, municípios como Coxim e Sonora, embora menos dependentes da exportação direta, também podem ser impactados indiretamente, principalmente com a retração de investimentos no setor produtivo e na cadeia de transporte.

A Federação das Indústrias de MS (Fiems) e o Governo do Estado acompanham com atenção os desdobramentos da medida. A busca por novos acordos comerciais e a valorização da produção local podem ser saídas viáveis para contornar as perdas geradas pelas tarifas.

Maikon Leal

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