Um pecuarista de Mato Grosso do Sul teve um prejuízo R$ 448.000,00 ao negociar a compra de 130 cabeças de gado em Camapuã. O crime foi registrado como estelionato na delegacia da cidade, que acompanhará o caso.
De acordo com as informações registradas do boletim de ocorrência, o pecuarista negociou as cabeças de gado com um homem que se apresentava como Agostinho. A proposta chegou para a vítima por meio de um corretor rural, o que é comum para esse tipo de compra.
Esse corretor teria dito que recebeu o contato de uma pessoa que se identificou como Odalício e ofereceu as 130 cabeças por um preço bem atrativo. Ainda não se sabe quem é essa pessoa que fez a proposta de negócio por telefone.
Após as negociações iniciais, ficou combinado do pecuarista ir até uma fazenda localizada a 12 km do Centro de Camapuã para fazer a inspeção do gado. A visita aconteceu na quinta-feira (23), pela manhã, quando foi recebido por uma pessoa que, de acordo com Agostinho, seria o gerente da propriedade rural.
Enquanto os animais eram pesados, o suposto gerente mantinha contato frequente com Agostinho, mandando fotografias do gado.
Para finalizar a venda, Agostinho solicitou a inscrição estadual de produtor rural da vítima, que também autorizou a emissão de guia de trânsito animal e nota fiscal. Contudo, o aceite no órgão de controle foi feito pelo homem que seria o gerente da fazenda.
Dessa forma, o pecuarista percebeu que, na verdade, o gado não pertencia à Agostinho, mas sim, ao homem que o recebeu no dia da inspeção.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o pecuarista finalizou a negociação com Agostinho no mesmo dia em que pesou o gado, ficando apenas esperando a autorização do gerente da fazenda para fazer a marcação e o transporte dos animais.
Contudo, na sexta-feira (24), ao avisar que estava indo à fazenda para retirar os animais, a vítima foi informada que não poderia entrar na propriedade porque o homem que seria o gerente não teria recebido o pagamento de Agostinho.
Assim, a vítima percebeu que havia caído em um golpe porque o verdadeiro dono o gado teria o vendido para Agostinho que, por sua vez, o revendeu para ele. Sendo que o pagamento foi feito apenas para Agostinho, que não repassou o dinheiro para o dono real dos animais.
A vítima ainda relatou que a autorização para a retirada do gado foi feita pelo então gerente, mas que ele teria voltado atrás ao perceber que o pagamento não tinha caído em sua conta.
Ainda não se sabe se o homem que se apresentou como Agostinho foi ouvido, mas o caso seguirá em investigação.