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População deveria promover protestos por melhorias na BR-163, que poderá ter aumento “extra” no pedágio

Por Redação

Em 2 de dezembro de 2024

Foto: Arquivo/Coxim Agora

A população da região Norte de Mato Grosso do Sul vive diariamente os riscos e o descaso na BR-163, conhecida como “rodovia da morte”. Entroncamentos perigosos, como o cruzamento com a BR-359, e a falta de passarelas nos acessos as cidades, são reflexos de uma infraestrutura mínima que a CCR MSVia, responsável pela concessão, nunca garantiu. Mesmo com aumentos sucessivos no valor do pedágio, a duplicação prometida não saiu do papel, deixando os usuários reféns de um sistema ineficiente e inseguro.

Os moradores e condutores que precisam se deslocar até Campo Grande convivem com buracos, acostamentos precários e a falta de sinalização adequada. Até mesmo o básico – a chamada “manutenção feijão com arroz” – é inexistente. Essa situação, agravada por um contrato mal gerido e de interesses políticos obscuros, levanta suspeitas sobre a real intenção de manter a concessão nas mãos da empresa, enquanto vidas são colocadas em risco diariamente.

Aumento do pedágio e promessas não cumpridas

Com o novo acordo aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a CCR MSVia poderá reajustar os valores cobrados com base em obras realizadas, impondo custos ainda maiores aos motoristas. O pedágio, que atualmente custa R$ 7,52 por 100 km, passará a R$ 10,06 já no primeiro ano e pode atingir até R$ 20,42 para pistas duplicadas no quarto ano.

Apesar da previsão de R$ 16,99 bilhões em investimentos até 2054, os prazos são questionáveis: em três anos, apenas 75 km de duplicação estarão prontos, e a meta de 203 km só será alcançada em 30 anos. A demora e o impacto financeiro direto no bolso dos motoristas reforçam a insatisfação com a falta de comprometimento da concessionária.

Convocação para a mobilização popular

Diante desse cenário, é urgente que a população se mobilize para exigir mudanças. Protestos pacíficos, bloqueios estratégicos e pressão sobre as autoridades são formas legítimas de cobrar um serviço que, no mínimo, garanta segurança aos usuários.

O caos na BR-163 é um reflexo de um contrato que beneficia mais interesses privados e políticos do que o bem-estar da população. Chegou a hora de dizer basta e exigir que os responsáveis cumpram suas promessas. Para aqueles que trafegam diariamente pela rodovia, não é apenas uma questão de infraestrutura: é uma luta por vidas que podem ser salvas.

A união da população é essencial para transformar essa realidade e pressionar por investimentos reais e imediatos. O Norte de Mato Grosso do Sul não pode mais esperar!

Fonte: Maikon Leal

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