O ex-prefeito de Coxim Aluizio Comekti São José (PSB), ex-secretário de Infraestrutura Carlos Oliveira de Rezende, ex-secretário de Saúde, Rogério Marcio Alves Souto e os empresários Givanildo Freitas e Adeirson Pereira de Barros, o “Mosquito”, foram denunciados por suposta associação criminosa nesta terça-feira (13) pelo Ministério Público de Mato Grosso de Sul.
Aluizio é apontando como o líder do grupo que supostamente fraudou licitações e cometeu desvios de dinheiro público durante seus mandatos.
Segundo informações do MP/MS, após tomar posse em 2013, Aluízio teria criado um grupo para fraudar licitações que serviriam para enriquecimento ilícito. Foram investigados pelo MPE contratos da prefeitura durante os dois mandatos do ex-prefeito.
Ainda conforme o órgão, a investigação apontou um esquema de “associação criminosa estável” e permanente no Poder Executivo de Coxim, constituído por três núcleos com tarefas distintas e que Aluizio seria o líder dessa organização, junto com o ex-secretário, Carlos Oliveira que teria “estreitos vínculos com os empresários denunciados”, que também seriam diretamente beneficiados pelas fraudes e fariam parte do núcleo principal.
O segundo grupo foi identificado como operacional e era formado por servidores públicos, inseridos de forma estratégica na prefeitura que tinham tarefas voltadas para o impulsionamento de atos e procedimentos administrativos para facilitar o esquema.
Por fim, o terceiro grupo, formado por seis empresários que forneciam o suporte operacional para garantir a falsificação de documentos e simulação de interesse nas contratações realizadas pela prefeitura.
A investigação mostrou que quaisquer contratos referentes a obras no município, seriam direcionados para as empresas Givanildo Freitas & Cia Ltda. e para a Construções e Serviços Zap. Segundo o MPMS, os verdadeiros donos seriam Aluízio e Carlos Rezende.
A serviços Zap, conforme a denúncia, estaria em nome de Adeirson, que antes da eleição de Aluizio trabalhava como pedreiro. A empresa, quando venceu a primeira licitação sequer tinha fachada. Já Givanildo, dono da outra empresa, trabalhava com construções de cerca e inclusive prestava serviços para Carlos Rezende.
A assessoria de imprensa do ex-prefeito encaminhou nota de esclarecimento ao Coxim Agora no início da noite desta terça, informando: “em relação ao fato questionado, informo aos veículos de comunicação interessados que não fui comunicado formalmente pela Justiça, tendo sido surpreendido com a informação noticiada. Em rápida análise da denúncia, percebe-se que as acusações são desprovidas de fundamentos, baseadas em achismos, com narrativas desvairadas e meras suposições; razão pela qual repudio de forma veemente TODAS as alegações apontadas contra mim. À época, os denunciantes eram vereadores da oposição, os quais faziam costumeiramente acusações absurdas e chulas. Me surpreende, com o devido respeito e com tristeza, o fato desta renomada entidade aceitar tais denúncias, que vêm prejudicar minha credibilidade e imagem. Por conta disto, tomarei as devidas providências jurídicas para combater essas graves acusações. Estou com a consciência tranquila e irei apresentar minha defesa à Justiça no momento oportuno. Reafirmo que, no desempenho da atividade pública, sempre prezei pela lisura, transparência e honestidade.Tenho certeza que a verdade e justiça prevalecerão”.
À rádio Vale 102 FM, o ex-secretário Carlos Rezende, enviou nota dizendo que a denúncia tem como base apenas depoimentos caluniosos, sem qualquer tipo de prova. “Não mediremos esforços para que palavras soltas ao vento com finalidade especifica de prejudicar outrem serão responsabilizadas cível e criminalmente”, diz parte da nota.
Rogério Márcio também respondeu a reportagem e disse que ainda não foi notificado do processo e que só se manifestaria oficialmente após a notificação. Adeirson, afirmou em resposta que a empresa da qual é dono tem 22 anos de existência e que não tem relação de proximidade com a antiga gestão de Coxim.