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Três anos e 11.025 mortes depois, covid segue alvo de desinformação

Por Redação

Em 31 de março de 2023

Esta sexta-feira (31) constitui o marco de três anos do primeiro registro de óbito em decorrência da Covid-19 em Mato Grosso do Sul. Desde o primeiro caso registrado, foram mais de 11 mil vidas ceifadas pelo coronavírus em MS e pouco menos de 609 mil casos confirmados.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o primeiro caso de óbito em MS aconteceu na cidade de Batayporã, no dia 31 de março de 2020, quando a pasta registrou a morte de uma mulher de 64 anos, residente na cidade que faz divisa como Estado de São Paulo.

Antes disso, no dia 14 de março, haviam sido registrados os dois primeiros casos da doença em Mato Grosso do Sul. Nesta terça-feira,  o número exato de casos confirmados chegou 609.249 casos confirmados. A quantidade mortes, também conforme os dados oficiais, estava em 11.025.

Desinformação

Em Campo Grande, a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, durante entrevista ao Correio do Estado, discorre que foram mais de 4.600 vidas perdidas em decorrência da Covid na Capital.

Ela atribui parte dos óbitos à desinformação e às ondas de fake news que se intensificaram durante os picos da Covid-19 na Capital. Para Veruska, muitos óbitos poderiam ter sido evitados se a adesão vacinal fosse maior.

Ainda conforme a superintendente, existem alguns fatores que contribuem para que uma parcela da população demonstre resistência em vacinar-se, mesmo assim, o saldo tende a ser positivo, já que mais de 80% da população de Campo Grande tomou pelo menos a primeira dose.

Entretanto, Veruska analisa que a maior dificuldade enfrentada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) corresponde a adesão vacinal infantil contra a Covid-19. Ela acredita que isso ocorre porque há uma “faca de dois gumes” nas informações de diversas naturezas que existem na internet.

“A gente fica triste, porque ainda existe resistência de os pais levarem seus filhos para vacinar, mesmo com a eficácia comprovadas das vacinas”, diz Veruska.

Ela atribui esta baixa adesão às fake news, já que muitos pais deixam de vacinar seus filhos por medo de algum efeito colateral grave, mesmo que muitos deles próprios se imunizaram.

Veruska lembra que não apenas as vacinas contra o coronavírus estão em baixa, mas que, com a desinformação, algumas doenças até então extintas estão voltando, ocasionado pela não vacinação infantil.

Por fim, a superintendente relembra que a Capital possui diversos pontos de vacinação e que o atendimento é contínuo. Ela faz um apelo para que a população procure as unidades de saúde para que seja completado seu ciclo vacinal, bem como para que as crianças também recebam as doses de imunizantes.

Em MS

Ao Correio do Estado, a secretária estadual de saúde em exercício, Crhistinne Maymone, conta que hoje é uma data simbólica e que traz três dimensões a serem abordadas, no que diz respeito a estes anos da chegada da Covid-19 a MS.

“O primeiro, é que existe sempre a possibilidade de epidemias, de surtos, de doenças que assolam a nossa vida diária. E da forma como ela (a Covid-19) veio é um exemplo disso e que nos faz ficar sempre atentos e vigilantes com a questão da saúde”, pontua.

Maymone ainda conta que uma segunda forma de observar este panorama dos últimos anos da Covid-19 em MS, é lançar luz sobre a importância da valorização da ciência na vida da população. Sobretudo no que diz respeito à importância da vacinação. Para ela, os avanços da ciência devem ser cada vez mais estimulados.

“Foi com a ciência que conseguimos avançar com a biologia molecular, com testes, padrão ouro de diagnóstico e que podemos avançar também na vigilância genômica e isso significa que a ciência ela deve ser cada vez mais estimulada”, explica Maymone.

Ainda na interface da importância da ciência no enfrentamento à pandemia, a secretária em exercício discorre que as vacinas são indispensáveis no controle pandêmico, tanto na efetividade quanto na necessidade da vacinação.

“Se hoje muitos de nós estamos vivos é, graças a Deus, por não termos nenhum tipo de hesitação em nos vacinar e estar continuando nos vacinando, seja com a pandemia do coronavírus, seja em relação as outras doenças. Então, acho que a grande lição é a saúde baseada na ciência, novas tecnologias e inovações”, finaliza.

Cobertura Vacinal

Segundo o boletim epidemiológico, 59% do público vacinal de 5 a 11 anos tomaram a 1º dose de imunizante contra a Covid-19 e 36% a segunda dose.

Já de 12 a 34 anos, 87% vacinou-se na 1º dose, 76% a 2º dose e 52% a primeira dose de reforço.

Por fim, ainda conforme a SES, cerca de 92% da população de MS, que possui 35 anos ou mais, tomou a 1º dose contra a Covid-19, 85% a 2º dose, 79% deste público vacinou-se com a primeira dose de reforço e 25% com a segunda dose de imunizantes.

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Crédito: Coxim Agora.