
Após a desobrigação do uso de máscaras de proteção facial em diversas cidades do país, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou, nesta quinta-feira (10/3), um comunicado recomendando que o acessório continue sendo utilizado pela população — sobretudo em ambientes fechados.
Nesta quinta, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou a desobrigação do uso das máscaras em ambientes fechados. Na última semana, o emedebista havia publicado decreto que permitia a circulação de pessoas ao ar livre sem o acessório.
Outras capitais derrubaram a medida nesta semana. É o caso de São Paulo, onde a liberação vale apenas para ambientes abertos, e do Rio de Janeiro, que desobrigou o uso das máscaras em todos os espaços.
Em nota assinada por membros do Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid da AMB, a organização reconheceu que o país vive um momento de queda na média móvel de casos e óbitos causados pelo coronavírus. No entanto, mesmo com a melhora do cenário, os técnicos compreenderam que é preciso ter cautela ao acabar com as medidas.
“Uma flexibilização indiscriminada pode ampliar os riscos à população, ainda mais à parcela não vacinada ou com esquema incompleto e principalmente os imunocomprometidos”, comunicou a AMB.
Medidas não farmacológicas
A associação ressaltou que, além do uso de máscaras, é importante evitar aglomerações e seguir medidas como higienização das mãos.
“Com eventuais exceções, a prevenção, de forma geral, incluindo o uso de máscaras, deve ser mantida, com atenção particular aos locais fechados. É importante que a tomada de decisões nesse sentido seja feita com segurança e que cada Estado ou Município avalie os seus indicadores epidemiológicos e a sua cobertura vacinal”, ressaltou o grupo.
Os cientistas também relembraram os baixos índices na cobertura vacinal infantil contra a Covid, e reafirmaram a importância de imunizar a população de faixas etárias.