Há dois anos, em novembro de 2019 — pouco antes de a pandemia virar as agendas culturais de cabeça para baixo, com a vida da população mundial — a Cidade Branca pulsava a energia do Festival América do Sul Pantanal e sua 15.ª edição e, agora, entre 26 e 29 de maio, Corumbá vive após o hiato de dois anos a 16.ª edição do FASP. Lançado na manhã de hoje (10) em Campo Grande, o evento terá abertura de Michel Teló e centenas de atividades culturais.
“É o primeiro grande evento pós-pandemia, tivemos o Campão Cultural ano passado que foi um sucesso, mas tivemos aquiele momento de um pico de novo da Covid e agora a gente deu uma estabilizada, está voltando a normalidade, então o Festival América do Sul é muito importante nesse momento, é um dos primeiros eventos pós o carnaval fora de época”, argumentou o governador Reinaldo Azambuja durante o evento.
Para Reinaldo, a reclusão forçada pela pandemia é um dos combustíveis para apostar no sucesso do Fasp 2022. “As pessoas estão querendo participar, porque muita gente ficou reclusa durante a pandemia, dentro do seu lar, sem poder ter o ir e vir e a gente tem acompanhado, recentemente estive na festa do peão em Aparecida do Taboado, a festa da linguiça em Maracaju, a gente ve a quantidade de pessoas participando e não tenho dúvida que o festivaol américa do sul vai ser um grande atrativo”, comentou.
Conforme o atual presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Gustavo de Arruda Castelo (Cegonha), estão programadas 118 atividades, 25 oficinas e cursos e atrações de mais de 11 áreas artísticas, tais como:
- Encontro da cultura Afro-brasileira;
- Encontro de Arte Educadores;
- Intervenção de grafite;
- Hip Hop;
- Sarau LGBTQIA+;
- Cinema Solar;
- Quebra-torto com letras;
- Feiras de artesanato;
- Literária interativa;
- Exposição dos ícones do centenário de Arte Moderna;
- Cortejo das Escolas de Samba de Corumbá;
- Pavilhão dos Países;
- Saberes indígenas e outros eventos de história e lazer.
Reinaldo Azambuja ressaltou o show de abertura de Michel Teló e apontou para o investimento de mais de R$ 6 milhões, investidos pelo governo do estado através da Fundação de Cultura, para a contratação das atrações. “Com certeza vão fazer crescer muito o turismo, a visitação, mas o mais importante que ele representa a retomada de algo que é voltar um pouco mais a normalidade pós a pandemia que praticamente paralisou todos os nossos eventos durante dois anos”, disse.
Cegonha lembra ainda das homensagens programadas, que memoram Lídia Baís e Lobivar Matos, além do Professor, contista, historiador brasileiro e pesquisador da cultura pantaneira e regional, Augusto César Proença.
“Teremos na edição do FASP atrações nacionais e internacionais que movimentarão todos os palcos disponíveis, com previsão de grande fluxo de pessoas. Até porque o público está carente de grandes eventos, que irão nos permitir realizar no Festival América do Sul”, apontou também Gustavo.
Por fim, Azambuja salienta que as mais de 10 mil vidas perdidas pela Covid-19 não serão recuperadas, mas que as ações culturais mostram a resiliência do sul-mato-grossense. “Acho que isso é mostrar também que nós tivemos um momento difícil da pandemia, mas que agora estamos estimulando a retomada com esses novos eventos, com esses festivais e isso é muito importante não tenho dúvida do sucesso da participação do público em Coumbá e Ladário, mas o Mato Grosso do Sul inteiro vai estar presente com certeza nesse festival”.