Em decorrência das mudanças climáticas que colocam em risco comunidades que vivem no Pantanal ou que passam por conflitos agrários, estão abertas inscrições para o edital de R$1.050.000,00, que contemplará 15 organizações da sociedade civil.

A iniciativa é do Fundo de Apoio ao Trabalho Digno, projeto do Labora, que tem como objetivo contemplar comunidades, sindicatos, coletivos, que trabalham em áreas diretamente afetadas por eventos climáticos extremos.

“Para o Labora, o Fundo de Apoio ao Trabalho Digno, fortalecer a luta coletiva pelo bem viver é um passo fundamental para que haja condições dignas de trabalho para todas e todos, assim como uma transição climática justa, inclusiva e sustentável, sem deixar ninguém para trás”, definiu Dayana Souza, coordenadora do labora.

Quem pode participar?

•  Trabalhadores(as) rurais assalariados e não-assalariados, camponeses, acampados, sem-terra e assentados;
• Trabalhadores(as) pescadores(as), extrativistas, marisqueiros(as), dentre outros que atuem nas águas e florestas;
• Trabalhadores(as) indígenas, quilombolas, ou pertencentes a outras comunidades tradicionais;
• Trabalhadores(as) e suas comunidades nos campos, águas e florestas cujo trabalho, produção ou modo de vida foram atingidos direta ou indiretamente por empreendimentos de infraestrutura, mineração, exploração de combustíveis fósseis, expansão agropecuária e projetos de energias;
• Trabalhadoras cis e trans dos campos, das águas e das florestas, com foco na luta por equidade e combate à violência racial e de gênero;
• Trabalhadores(as) e suas comunidades dos campos, das águas e das florestas cujo trabalho, produção ou modo de vida foram atingidos direta ou indiretamente por eventos climáticos extremos e pelos impactos das mudanças climáticas.

Inscrições

O edital está com inscrições abertas até o dia 30 de agosto, basta acessar clicando aqui. Ao todo serão dos eixos, no primeiro serão doados R$50 mil que atenderão 10 projetos voltados a organizações que lutam pela dignidade do trabalho e proteção social.

No segundo eixo, serão dispostos cerca de R$ 100 mil reais para projetos que atendam normas e políticas públicas justas de trabalho.

Iniciativas priorizadas

• Formação política e mobilização dos trabalhadores;
• Propostas que avancem a reforma agrária e o fortalecimento da agricultura familiar;
• Ações de incidência política;
• Assessoria técnica e jurídica para organizações de trabalhadores(as) em conflito com o agronegócio.

Fonte: Correio do Estado