
Com o avanço da tecnologia, cientistas têm descoberto cada vez mais detalhes dentro e fora do nosso Sistema Solar. No entanto, algumas características interestelares são impeditivas para avançarmos ainda mais na análise de planetas vizinhos — o tamanho do espaço e a impossibilidade de viajar ou se comunicar a uma velocidade superior à da luz dificultam a nossa exploração.
Para superar as limitações, pesquisadores norte-americanos propuseram mudar o formato dos telescópios. O estudo foi publicado na revista científica Frontiers no último domingo (31/8).
Atualmente, para observar exoplanetas em torno de estrelas próximas, seria necessário o uso de telescópios com 20 metros de diâmetro, com capacidade de captar radiação infravermelha em torno de 10 mícrons – faixa em que planetas com água líquida emitem mais luz.
Classificado como o instrumento óptico mais potente no dias atuais, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) possui apenas 6,5 metros de diâmetro, limitando seu alcance. Outras alternativas também já foram propostas, porém esbarram em limitações de luz, tecnologia e recursos.
Nova proposta para telescópios
Segundo os cientistas, produzir um telescópio espacial com espelho retangular (atualmente, o modelo é circular) de um por 20 metros, operando em infravermelho semelhante ao JWST, é uma solução viável. O design permitiria separar a luz da estrela e do planeta, e o espelho poderia ser rotacionado para observar diferentes alinhamentos planetários.
A estimativa é que o instrumento seria capaz de encontrar metade dos planetas semelhantes à Terra que orbitam corpos celestes parecidos com o Sol em até três anos. Caso a previsão esteja correta, até 30 planetas com sinais promissores poderiam ser detectados.
“Sugerimos que telescópios retangulares de espelho primário oferecem um caminho mais claro para a descoberta de mundos habitáveis do que outros projetos atualmente em desenvolvimento”, escrevem os pesquisadores no artigo.
Conseguindo a identificação de novos vizinhos terrestres, sondam espaciais estudariam o local, aumentando as possibilidades dos cientistas finalmente encontrarem um planeta irmão habitável, a chamada Terra 2.0
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