Ponto turístico de Campo Grande, represa que existe há 70 anos, o Balneário Atlântico secou na última semana. E a redução da lâmina d’água do lago localizado na região da saída para Três Lagoas, intrigou proprietários de lotes no entorno do lago, e também de pessoas que passaram pelo local.
Moradores da região, ao se depararem com a situação, associaram o fenômeno com a operação de captação de água que ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2019 e 2020, em que a água do lago foi usada para complementar o abastecimento da rede da Águas Guariroba, em Campo Grande.
Jorge Nigres, o proprietário da incorporadora Atlântico, empresa que detêm a maior parte da área do entorno do lago, e que administra a represa, disse ao Correio do Estado que trata-se de uma manutenção de rotina.
“Estamos em manutenção, estamos baixando o nível. Tudo isso é programado, não é algo fortuito”, informou Nigres. “Trata-se de uma manutenção técnica, algo programado, e vai baixar ainda mais”, acrescentou.
Um dos proprietários de casas à beira do lago, que pediu para que sua identidade não fosse revelada, disse ao Correio do Estado que nunca, em mais de duas décadas, viu o lago secar dessa forma.
Jorge Nigres disse que trata-se de um lago com água de fluxo contínuo (o curso de um rio, represado), e que assim que a manutenção for realizada, o lago voltará ao normal.
Uma outra fonte, informou ao Correio do Estado trata-se de uma rachadura na barragem de contenção, localizada perto de onde os caminhões retiravam a água no ano passado.
Nigres também negou tal afirmação, e ainda comentou sobre a operação da Águas Guariroba que usou a água do lago para evitar que faltasse o recurso natural na rede sob concessão, em Campo Grande.
“Isso foi um serviço público que prestamos algum tempo atrás. Evitamos que a cidade ficasse sem água”, disse Nigres.