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Surto de sarna humana atinge o litoral de São Paulo

Por Redação

Em 25 de maio de 2021

Foto: Olhar Digital

O litoral de São Paulo está enfrentando um surto de sarna humana, ou escabiose. A cidade de Praia Grande parece estar registrando a maior parte dos casos que, inicialmente, estavam concentrados em uma região periférica, mas começaram a chegar também em bairros nobres do município.

Os casos começaram a ser registrados por jornais locais. Em alguns casos, pessoas precisaram ser hospitalizadas após se contaminarem com a doença. A maior parte das vítimas são crianças.

As imagens foram divulgadas por um perfil no Instagram chamado PGinvisivel, que alerta para os casos. A empresária Patrícia Ogna Patrali é responsável pelo perfil e conta com a ajuda de médicos. As fotos são fortes e podem ser encontradas na rede social.

De acordo com Patrícia, em vídeo publicado no perfil, o primeiro caso registrado foi em outubro de 2020 em uma criança. “São muitos casos, os adultos também têm, isso passa de um para outro, fica no lençol”, explicou.

Surto de sarna humana

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a sarna humana causa feridas da pele e coceira intensa. A causa é um tipo de ácaro parasita e o contágio se dá somente entre humanos. O contato deve ser prolongado para que ocorra a contaminação.

A prefeitura de Praia Grande disse que “a escabiose ocorre principalmente em comunidades fechadas e grupos familiares. A transmissão é por contato e, embora seja de fácil transmissão, é limitada pelo número de pessoas em convivência comum. A notificação do número de casos não é necessária, pois, não causa epidemias ou surtos de grandes proporções”, explicando que não existe um monitoramento do surto ou dados oficiais divulgados pelas autoridades da cidade.

A doença não é transmitida por animais domésticos e é diferente da sarna encontrada em cães.

“A fecundação do ácaro ocorre na superfície da pele. Logo após o macho morrer, a fêmea penetra na pele humana, cavando um túnel, por um período aproximado de 30 dias. Depois, deposita seus ovos. Quando eles eclodem, liberam as larvas que retornam à superfície da pele para completar seu ciclo evolutivo. Este processo de maturação é de 21 dias”, explicou a SBD.

O tratamento é feito basicamente com medicamentos tópicos para curar as feridas, além disso, remédios orais como antibióticos também podem ser usados. O grau do tratamento depende da gravidade das lesões de cada paciente.

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Crédito: Coxim Agora.