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Rapper de MS pode ter sido morta por fazer “sinais de facção”

Por Redação

Em 10 de janeiro de 2025

Rapper de MS pode ter sido morta por fazer “sinais de facção” – Reprodução Redes Sociais

O corpo de Laysa Moraes, conhecida como La Brysa, de 30 anos, foi encontrado por um pescador nesta quinta-feira (09), às margens do rio Cuiabá. O caso é tratado como homicídio já que o corpo da rapper estava amarrado em uma lata de tinta, cheia de concreto e enrolado em um tapete.

A jovem estava desaparecida desde o dia 3 de janeiro, mas no dia 7 alguns amigos tentaram contatar a cantora, por não terem nenhuma resposta, decidiram ir até sua residência, no bairro Santa Isabel em Cuiabá, Mato Grosso. Ao chegarem lá, encontraram a porta destrancada e todos os pertences ainda estavam na casa.

De acordo com o Diário Digital MT, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a causa da morte foi afogamento. O delegado responsável pelo caso, Bruno Abreu informou que foi encontrado areia nos pulmões dela. Além disso, foi ressaltado que a artista estava viva quando foi jogada na água.

A Polícia Civil da região não descarta a hipótese de que a rapper tenha sido assassinada “em resposta” a postagens de fotos nas redes sociais em que fazia com as mãos sinais associados a facções criminosas.

O portal HNT informou que nesta sexta-feira (10), amigos, vizinhos e pessoas próximas à MC foram ouvidas na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Preliminarmente, também não foram encontrados indícios de que La Brysa tivesse desavença com alguém.

Segundo as testemunhas ouvidas, a artista era uma pessoa ‘tranquila’ e ‘querida’. Um rapaz com quem a MC tinha envolvimento também foi interrogado.

Símbolos de facções

Com assassinatos ocorrendo desde o ano passado, confira alguns gestos e sinais considerados ‘proibidos‘:

  • “Paz e Amor” ou “Vitória” (dedos indicador e médio levantados formando “V”)

Este gesto, tradicionalmente associado à paz ou vitória, pode ser interpretado como símbolo do Comando Vermelho (CV).

  • “Chifrinhos” (dedos mínimo e indicador levantados)

Embora popular no universo do rock, esse gesto é utilizado pelo Bonde do Maluco (BDM).

  • “Três Dedos” (indicador, médio e anelar levantados)

Frequentemente relacionado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e seus aliados.

  • “Dois Dedos” (indicador e médio levantados)

Comumente usado em fotos, pode ser associado ao Comando Vermelho (CV).

Artista de MS

Natural de Três Lagoas, chegou a residir por algum tempo em Campo Grande, onde mostrou talento como poetisa e compositora. Apontada como “um dos nomes do freestyle do Centro-Oeste”, tem 12 anos nas rimas e 8 nas batalhas, segundo descreveu o Cenário das Batalhas.

Iniciou a carreira em 2016 e venceu a primeira batalha em que rimou. Esteve envolvida com o movimento The Big Cypher of Campão, em Campo Grande, onde residiu e conquistou vários títulos, entre eles as categorias Sangue e Conhecimento da Liga Breaking, e a Batalha do Conhecimento do MST.

“A artista também é semifinalista estadual e tem seu próprio canal no YouTube e em todas as plataformas digitais, sendo pioneira nas Cyphers femininas em seu estado. La Brysa lançou um EP e vários singles, influenciando a cena hip hop do Mato Grosso, como a Cypher Resistência e Resiliência. Atualmente, a MC residia em Cuiabá e foi semifinalista da Alencastro 9 Anos, sendo recorrente no topo do ranking da maior batalha do estado”, diz o post fixado no Instagram da MC.

Cena em Campo Grande

A produtora cultural Luanna Peralta, que teve o único vagão ativo na Orla Morena, contou à reportagem do Correio do Estado que conheceu La Brysa no antigo Laricas Cultural e a descreveu assim:

“Conheci La Brysa no meu antigo espaço Laricas Cultural! La Brysa foi uma mulher potente, uma MC zica. A vi batalhar várias vezes e ser a única mina no meio de tantos caras. Uma mina que enfrentou o machismo na cena das batalhas e mostrou quem era, deixando muito homem no chinelo! É doloroso ver uma mana tão jovem partindo. É triste, é inconsolável compreender que vivemos nesse mundo! Desejo todo conforto à família e aos amigos”, lamentou Luanna.

Vakinha

Uma vakinha está sendo organizada por amigos para ajudar Jéssica Moraes de Souza Silva, a mãe de La Brysa, a ir até Cuiabá (MT). Transferências em qualquer quantia podem ser feitas pela chave Pix: moraes.keka71@gmail.com.

Fonte: Correio do Estado

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