As chuvas do mês de outubro aliviaram um pouco a pior crise hídrica no Brasil nos últimos 91 anos.
Nos primeiros dias de outubro, por exemplo, o reservatório de Furnas, um dos mais importantes no país, estava funcionando com apenas 13,6% de sua capacidade. Após as chuvas, o índice subiu para 17,22%.
A situação, porém, ainda é bastante crítica em vários reservatórios espalhados pelo Brasil. O do sistema Cantareira, por exemplo, está funcionando com apenas 28,2% de sua capacidade.
Durante o mês de novembro, são esperadas três frentes frias que devem aumentar um pouco mais os níveis dos reservatórios.
De acordo com a meteorologista do Climatempo, Josélia Pegorim, as chuvas de outubro realmente proporcionaram uma discreta elevação em alguns reservatórios e fez com que o nível da água parasse de baixar em outros. Ainda assim, a chuva de um mês não resolverá a situação.
Setor elétrico com a crise hídrica
Segundo a analista da CNN Thais Herédia, as medidas de gestão de risco adotadas devido à crise hídrica, como o aumento da capacidade da transmissão de energia, junto à reação do clima, fizeram com que o risco de racionamento fosse desconsiderado por especialistas.
Ainda segundo Herédia, o governo optou por ter uma postura de não alarmar a população em relação à crise hídrica, mas que a conta mais cara da energia chegará a todos, devido à tarifa de escassez hídrica, que cobra R$ 14,20 a mais por cada 100 kWh consumido.