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Nenhuma câmera registrou a queda do avião com Marília Mendonça, diz delegado

Por Redação

Em 10 de novembro de 2021

Pilotos e técnico da Cenipa colhem pistas do avião que caiu causando a morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo

A Polícia Civil confirmou, nesta quarta-feira (10), que nenhuma câmera de monitoramento registrou a queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas.

A informação foi divulgada pelo delegado regional Ivan Sales, responsável pelas investigações da Polícia Civil.

“No domingo, a Polícia Civil, com um investigador, um técnico em monitoramento de câmeras e um perito diligenciaram em residências próximas ao local do acidente, visando avaliar se algumas dessas câmeras captaram imagens da queda do avião, o que não ocorreu”, afirmou.

A visita às residências próximas já havia sido divulgada por moradores da região. Um casal, que foi flagrado testemunhando o acidente, contou que recebeu a visita de investigadores no último domingo. Porém, a câmera da residência registrou apenas a reação deles diante da queda do avião.

O delegado Ivan Sales também revelou os próximos passos das investigações: “Nos próximos dias a PC ouvirá testemunhas e aguardará que os laudos periciais fiquem prontos para a gente passar a destacar hipóteses e chegar à conclusão da investigação”.

Segundo ele, a investigação da Polícia Civil tem como objetivo apurar possíveis responsabilidades criminais, enquanto a investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos tem a intenção de evitar que outros acidentes ocorram de forma semelhante.

“Embora as investigações sejam independentes e com objetivos distintos, esses órgãos trocarão certamente informações entre si, notadamente no que tange aos laudos periciais. Existem laudos que a PC é técnica para fazer, existem laudos periciais que o Cenipa tem especialização pra fazer. No que a PC e o Cenipa demandarem, haverá compartilhamento dos laudos”, explicou.

Anteriormente, o delegado já havia destacado que a investigação não possui prazo para ser encerrada, mas que os órgãos buscam a conclusão no menor tempo possível.

“É importante ressaltar que a Polícia Civil quer dar uma resposta célere, mas uma resposta célere não significa uma resposta rápida. Uma reposta célere é a resposta mais técnica, no menor tempo possível”, afirmou.

Remoção da aeronave

Após perícias iniciais no local da queda, o Cenipa autorizou que a empresa dona do avião recolhesse os destroços, que vão continuar a serem analisados para determinar como o acidente ocorreu.

Nesta quarta-feira (10), os dois motores do avião deixaram Caratinga com destino ao ao Centro de Serviços Aeronáuticos, em Goiânia. A fuselagem e demais destroços chegaram no Rio de Janeiro na noite desta terça-feira.

Confira as etapas de remoção do avião:

  • Sábado (6): aeronave foi retirada da correnteza:
  • Domingo (7): avião foi puxado para a parte mais alta do terreno por um guindaste. Para facilitar o transporte, as asas foram cortadas;
  • Segunda(8): profissionais do Auto Socorro particular, contratados pela empresa dona do avião, resgataram os dois motores.
  • Nesta terça-feira (9), os destroços do avião foram levados ao Rio de Janeiro de caminhão.
  • Na madrugada de quarta-feira (10), os motores do avião foram levados para Goiânia, com destino ao Centro de Serviços Aeronáuticos, em Goiânia.
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