Um vídeo gravado durante um voo do Rio de Janeiro (Galeão) para Belo Horizonte (Confins) gerou grande repercussão nas redes sociais. As imagens mostram a passageira Jeniffer Castro se recusando a ceder seu assento na janela para uma criança, desencadeando uma série de reações intensas na internet.
O caso foi tema do programa Fantástico, que conversou com todas as partes envolvidas, incluindo Eluciana Cardoso, responsável pela gravação do vídeo.
Arrependimento e Repercussões
Eluciana, que acompanhou a situação, admite ter perdido o controle. “Parecia que eu estava saindo do meu corpo. Fiquei com taquicardia”, contou, afirmando estar profundamente arrependida por gravar o momento. Ela destaca que sua intenção inicial não era expor ninguém, mas que a situação fugiu de controle.
Após a publicação, a vida de todos os envolvidos foi impactada. Jeniffer, até então uma pessoa anônima, ganhou mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais, enquanto Aline Rizzo, mãe da criança, foi erroneamente apontada como a responsável pela gravação.
“Eu não agredi, não xinguei, não filmei. Mas estou sendo odiada, atacada e ameaçada. Isso atingiu minha família, meus filhos”, desabafou Aline.
O que aconteceu no voo
Segundo Aline, que viajava com sete pessoas, incluindo seus três filhos, a confusão começou quando um de seus filhos, de 4 anos, sentou no assento da janela comprado por Jeniffer. Enquanto acomodava outro filho cadeirante, ela tentou resolver a situação, mas Jeniffer se recusou a trocar de lugar.
“Cheguei e expliquei que aquele era meu assento. Não houve troca”, explicou Jeniffer, que se manteve firme em sua posição.
Diante da tensão, Eluciana decidiu intervir. “Perguntei a ela se não tinha compaixão pela situação, mas ela se recusou”, relatou. Em seguida, Eluciana gravou o vídeo, que foi enviado para sua filha Marianna, de 23 anos, responsável por publicá-lo.
Consequências e Justiça
Após o vídeo viralizar, Eluciana reconhece que gerou sofrimento a todos os envolvidos. “Peço desculpas para Jeniffer, Aline, Arthur (a criança), minha filha e até para mim mesma por não ter sido forte naquele momento”, afirmou emocionada.
Marianna também lamentou a publicação: “Foi um erro. Não percebi o impacto que causaria.”
A briga segue na Justiça. Jeniffer pretende processar os responsáveis pela publicação por difamação e injúria, de acordo com sua advogada.
A Gol, companhia aérea responsável pelo voo, declarou que a tripulação não identificou nenhuma intercorrência que colocasse a segurança em risco e que trocas de assento só são realizadas em situações específicas.
Reflexões sobre o episódio
O caso evidenciou como um momento de conflito em público pode se transformar em uma tempestade digital, com impactos emocionais e jurídicos para todos os envolvidos. O arrependimento de Eluciana e Marianna reflete a importância de ponderar antes de expor situações na internet.
A discussão também levanta debates sobre limites pessoais e coletivos, além de destacar como a empatia e o diálogo podem evitar situações de confronto.
(*) Com informações TV Globo
Redação