O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) voltou a questionar os meios que o Brasil usará para alcançar as metas apresentadas na Cúpula do Clima na quinta-feira (22/4). O general disse achar “difícil” a duplicação de recursos para ações de fiscalização ambiental.
“Não é que eu não considero factíveis [as metas], é que a gente tem de sentar e colocar isso. ‘Como é que eu vou chegar lá?’, ‘Tá bom, eu vou chegar a 2050 com emissão zero’. Quais são os objetivos intermediários a serem atingidos?”, questionou o militar.
Ao mesmo tempo, Mourão cobrou o detalhamento das metas dos países estrangeiros que participaram da cúpula.
“Da mesma forma que ontem (quinta-feira, 22/4), o representante do Departamento de Estado (dos EUA) disse que quer ver quais são os nossos planos pra impedir o desmatamento na Amazônia. Essa turma do lado de lá também tem que apresentar qual é a sequência de objetivos intermediários que eles vão atingir para chegar no net-zero”, cobrou.
No discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Cúpula do Clima, o mandatário reafirmou o compromisso no sentido de acabar com o desmatamento ilegal até 2030 e reduzir pela metade as emissões de gases poluentes. A cúpula foi convocada pelo líder norte-americano, Joe Biden, e conta com a presença de 40 chefes de Estado.
Além disso, na ocasião, o Bolsonaro falou em duplicação de recursos para fiscalização, mas, em seguida, o ministro do Meio Ambiente disse que ainda não há definição de números, para que haja a duplicação.
“Não é questão de dobrar, mas de usar os meios que a gente tem de uma forma mais econômica, ou seja, colocando a maioria dos meios onde a gente sabe que tá o problema. Ok, vai acontecer um desmatamento pequeno lá no Acre, mas esse, por enquanto, a gente pode relevar para poder impedir, primeiro, onde está acontecendo com grande velocidade”, finalizou o vice-presidente da República.