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Moradora diz ter visto Lázaro fugir para mata em Setor de Chácaras de Goiás

Por Redação

Em 24 de junho de 2021

Uma moradora do Setor de Chácaras na região de Cocalzinho (GO), Entorno do DF, disse ter visto Lázaro Bárbosa, 32 anos, na tarde desta quinta-feira (24/6). A mulher contou que viu o suspeito e que ele correu para uma região de mata, onde homens da força-tarefa entraram, em busca do autor da chacina. O maníaco matou quatro pessoas de uma mesma família no DF, no último dia 9.

No início da tarde desta quinta, uma grande movimentação da polícia que atuam há 16 dias nas buscas por Lázaro foi registrada. Por volta das 15h, dezenas de viaturas, dois helicópteros e o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, seguiram apressados para uma região de mata no município de Girassol (GO).

Um morador do Setor de Chácaras, por onde as equipes passaram, estava saindo em direção à BR-070, e relatou ao Metrópoles o que testemunhou. “Os policiais entraram no mato. Havia grande movimentação daí para trás. Vimos várias viaturas passando.”

A força-tarefa montou uma barreira a cerca de 5 quilômetros de onde as buscas se concentravam, com o objetivo de impedir a passagem de moradores e jornalistas.

16 dias de buscas

Desde o dia 9 de junho, quando o psicopata matou uma família inteira no Incra 9, em Ceilândia, muitas denúncias falsas chegam à base de operações, o que acaba atrapalhando as investigações.

Ao empreender uma fuga cinematográfica, Lázaro espalha o terror por onde passa, fazendo reféns e invadindo propriedade rurais. Integrantes de uma família que sobreviveu após cruzar o caminho do psicopata guardam recordações macabras sobre os momentos vividos durante as quatro horas em que eles ficaram sob a mira de um revólver. No assalto ocorrido no dia seguinte à chacina da família Vidal, em 10 de junho, também no Incra 9, o casal e o filho ficaram reféns do maníaco.

Um fato chamou a atenção das vítimas. Lázaro usou o celular da refém para se passar por ela e, assim, não chamar a atenção de amigos e parentes. O Metrópoles teve acesso ao print da conversa travada entre o maníaco e o ex-marido da vítima. Em entrevista, a mulher contou à reportagem que, enquanto o assassino revirava a casa em busca de comida, roupas e dinheiro, o celular não parava de apitar.

As mensagens, enviadas pelo WhatsApp, incomodaram Lázaro, que resolveu respondê-las. Na conversa, o criminoso fingiu ser a vítima e avisou ao ex-marido que estava “com cólicas”. Insistente, o homem pergunta se a ex-companheira havia resolvido um problema. Lázaro responde que não e reafirma estar sentindo cólicas. O maníaco chega a enviar uma risada (kkkkk) para o homem.

Cigarros de maconha

Durante o tempo que manteve a família refém, Lázaro afirmou que nem sempre foi criminoso, costumava frequentar a igreja e se considerava evangélico. “Ele relatou que, inclusive, tocava guitarra e baixo na igreja. Ele ficou extremamente nervoso quando disse que a Justiça ameaçava tirar a guarda da filha que estava sob os cuidados de sua companheira”, contou a vítima.

O psicopata garantiu às vítimas que, caso a filha dele ficasse sob a tutela do Estado, ele “mataria mais que corona”, fazendo alusão aos óbitos registrados durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Lázaro chegou a comentar sobre sua infância na Bahia. Durante a conversa, obrigou o casal a fumar dois cigarros de maconha.

As vítimas acabaram adormecendo. O maníaco as deixou trancada dentro de um dos cômodos da casa e jogou a chave no terreno. Horas depois, quando despertou, o casal conseguiu usar um arame para alcançar a chave e se libertar. Na fuga, Lázaro levou pães, biscoito, queijo, água, dois celulares e roupas de frio.

Além de ser suspeito de matar uma família no DF, o criminoso é acusado de balear quatro pessoas, entre elas um policial, e cometer uma série de assaltos com reféns durante a sua fuga em Goiás.

Desde que saiu do DF, Lázaro trocou tiros duas vezes com a polícia e também com um caseiro de uma chácara em Areia Branca, fazendo uma família refém. Desde a quinta-feira passada (17/6), no entanto, não há informações oficiais sobre a presença dele na região.

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Crédito: Coxim Agora.