As informações do Ministério da Saúde a respeito dos autotestes de Covid-19 foram enviadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na noite desta terça-feira (25). As informações são da analista de política da CNN Renata Agostini.

Uma parte do documento que foi enviado pela equipe do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explica o que a população deve fazer de acordo com o resultado de seu diagnóstico.

O Ministério da Saúde elaborou um passo a passo e defendeu o isolamento social caso a pessoa tenha resultado positivo, independentemente de apresentar ou não sintomas. Quem teve contato com pessoas infectadas também devem se isolar.

Para a equipe da Saúde, o instrumento do autoteste não é de diagnóstico, mas de triagem. Não será obrigatória a notificação ao governo quando houver resultado positivo.

As empresas que vendem os testes podem divulgar um aplicativo ou um site para que as pessoas avisem seu resultado, mas não será obrigatório. Essa foi uma das dúvidas da Anvisa na última reunião a respeito do assunto.

No documento, não há previsão de o autoteste ser distribuído pelo SUS. Para a cúpula da Anvisa, isso não é um problema e nunca foi uma obrigatoriedade.

Integrantes do Ministério da Saúde afirmaram que a intenção do governo não é incluir o autoteste no SUS, mas que nada impede que governos estaduais e municípios comprem os testes e os distribuam.

De acordo com a analista de política da CNN Renata Agostini, a Anvisa considerou esse material muito bom, e há expectativa de deliberação até a próxima semana.

Anvisa adiou decisão na primeira reunião

Na última quarta-feira (19), a Diretoria Colegiada da Anvisa solicitou infomações adicionais do Ministério da Saúde sobre o uso do autoteste no país.

A pasta pretende incluir o autoteste no plano nacional de expansão da testagem para Covid-19 e afirmou que as orientações ao público sobre o manuseio do material e sobre a notificação serão incluídos na nova edição do PNE-Teste.