O financiamento do terrorismo pode colocar Mato Grosso do Sul na rota de investigações internacionais. Relatórios divulgados recentemente embasaram decisões norte-americanas que respingam em solo brasileiro.
Além disso, segundo apontam indícios, relacionam atividades ilícitas comuns na região de fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia com o financiamento de grupos extremistas que atuam no Oriente Médio.
Nomes já enrolados em investigações anteriores teriam vínculos em Mato Grosso do Sul através de CNPJs sediados em SP, ES e MG. Neste último estado, o comércio de pedras preciosas ajudaria a reintegrar dinheiro lavado ilegalmente no Brasil e usado para custear arrojada logística de facções criminosas.
Narcotráfico e tráfico de armas em MS: base do financiamento do terrorismo
Além disso, segundo relatado por agências internacionais de investigação e combate a redes de terrorismo, o lucrativo mercado ilegal de armamentos aproveitaria facilidades em regiões de fronteira onde corrupção policial e falta de estrutura ajudariam na circulação de cargas milionárias de armas e munições.
Investigações recentes no Paraguai já haviam apontado ligação entre o fornecimento de armamento para a facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), e para o grupo EPP (Exército do Povo Paraguaio) com remessas milionárias para países do Oriente Médio.
Em Mato Grosso do Sul, ‘túneis’ devidamente loteados, como são chamadas as rotas para driblar fiscalização e policiamento, seriam de extrema importância para manter o negócio funcionando com movimentação de produtos lucrativos como drogas e armas, para um lado, e de dinheiro em espécie, para o outro.