A jovem Kelly Silva, de 27 anos, recebeu alta da unidade de terapia intensiva (UTI) nesta sexta-feira (16/7), depois de ficar mais de duas semanas internada em decorrência da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”.
Kelly começou a se sentir mal no dia 24/6 depois de comer sashimis de tilápia e salmão em Goianésia, região central de Goiás. O nome do restaurante não foi divulgado. Com o agravamento dos sintomas, ela foi transferida para a UTI do Hospital Jardim América, em Goiânia.
A jovem chegou a ser intubada e passava por sessões diárias de hemodiálise, já que seus rins não estavam respondendo. Entre os sintomas da síndrome, ela apresentou perda da força muscular, dor no corpo, cor azulada nas extremidades do corpo e urina com coloração escura.
Os pais de Kelly relataram que, no começo da doença, ela se sentia tão fraca que não conseguia erguer os pés, as mãos e a cabeça. Desde que o caso dela foi diagnosticado, a Prefeitura de Goianésia tem feito uma campanha para identificar novos possíveis casos da síndrome.
Alerta
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goianésia, a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas. O titular da SMS, Rafael Cardoso, publicou vídeo orientando a população, no dia 13/7.
“Estamos avaliando pessoas que teve contato com ela. Nenhuma outra pessoa do município foi notificada pela doença. Caso apareça um segundo caso vamos fazer um comunicado oficial”, disse o secretário.
A síndrome é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes cozidos ou crus. Entre os sintomas estão extrema rigidez muscular de forma repentina, dores no corpo, dificuldade de respirar, dormência e urina com cor de café.