Os 18 dias de férias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em São Paulo e Santa Catarina custaram R$ 2,3 milhões aos cofres públicos. Na prática, significa um gasto médio de R$ 124 mil por dia. A informação, publicada pelo colunista Lauro Jardim, foi confirmada pelo Metrópoles.
As despesas partiram de balanço feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO). O levantamento do parlamentar, a partir de dados públicos, mostra que o gasto com cartão corporativo da Presidência da República foi de R$ 1.196.158,40, enquanto despesas com manutenções e combustível de aeronaves foi de R$ 1.053.889,50. Já as diárias da equipe de segurança presidencial ultrapassaram R$ 202 mil.
Em nota enviada ao Metrópoles, Vaz relata ter recebido os dados apenas três meses depois de apresentar requerimento a órgãos do governo solicitando as informações detalhadas.
O ofício do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estima o custo de U$ 185 mil, ou seja, R$ 1.053.889,50 com locomoção terrestre, aquática e aérea do presidente, da família dele, de convidados e da equipe de profissionais que os acompanharam. Já com as passagens aéreas e diárias do GSI o gasto total informado foi de R$ 202.538,21.
A Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, por sua vez, informou ao parlamentar que a despesa com cartão corporativo das férias de Bolsonaro foi de R$ 1.196.158,40.
O valor seria destinado ao custeio de hospedagem, alimentação e bebidas, contratação de profissionais ou empresas terceirizadas para prestação de serviço e ainda gastos com entretenimento, como veículos aquáticos e guias turísticos, entre outros. Os serviços foram destinados ao presidente, familiares, convidados e à equipe de profissionais.
“Justamente em dezembro, quando o presidente cortou o auxílio emergencial alegando falta de recursos, teve um gasto milionário com férias. O valor total, mais de R$ 2,4 milhões, daria para pagar o benefício de R$300 para cerca de 8 mil pessoas”, criticou o deputado.