Marina Silva está sendo empurrada para se tornar uma espécie de “quarta via” no cenário eleitoral do ano que vem. Seus correligionários têm estimulado a ex-ministra a conduzir uma série de conversas junto a lideranças políticas.
Mais: o objetivo de costurar uma espécie de frente ampla do centro para o apoio da terceira via – seja lá quem for. A iniciativa teria tido o respaldo de nomes como Neca Setubal, herdeira do Itaú e os irmãos Moreira Salles.
Explorando novos limites
A atriz, cantora e apresentadora Mariana Rios , 36 anos, garante que nenhum último ano (aborto, descoberta de uma doença autoimune, fim de noivado) aprendeu muito.
Ela contou um pouco de sua história no livro Basta Sentir – Como realizar Seus Sonhos de Maneira Simples e Prática, que até então mantinha privada. “Com este livro, estou dizendo: seja bem-vindo à minha história e que eu possa te dar ferramentas para você conquistar as coisas, baseadas no que vivi”.
Agora quer explorar novos limites e tem se dedicado muito ao Show dos Famosos. Animada revelação qual será o seu maior desafio.
“O maior desafio é representar alguém que não tem nada a ver com você, que foge do que você é no seu cotidiano, no seu íntimo, e estou buscando esses artistas. Quero me desafiar. O primeiro deles escolhi muito por conta disso, sair da minha zona de conforto, sair do que as pessoas obtêm de mim e do que eu espero de mim. É saber até onde consigo ir, acho que exploramos pouco a nossa capacidade. O desafio está em explorar meus limites e entendre que posso mais ”.
Apoio no 2º turno
Adversários do governador João Doria, o ex-governador Geraldo Alckmin, que está se preparando para mudar para o PSD e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) estão acertando um pacto para eleição ao governo de São Paulo em 2022 em que ambos devem ser candidatos.
Já teve duas conversas e se comprometeu a fazer uma campanha limpa e fez projeções sobre o segundo turno. Se os dois empenhados na etapa final e um dos dois enfrentar o vice-governador Rodrigo Garcia, candidato de Doria, esperamos que um conte com o apoio do outro.
O cenário para as mudanças ao governo de São Paulo ainda deve ter como candidato Márcio França (PSB), que pode se transformar em vice na chapa de Alckmin, Arthur do Val (Patriota) e um candidato apoiado por Bolsonaro, além de Guilherme Boulos, que foi para o segundo turno na eleição para a prefeitura de São Paulo no ano passado.
Bolsonaro já cogitou, em seus discursos, na candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, mas ele prefere concorrer ao Senado.
Não traduzido duas vezes
Aclamada por sua atuação no filme Spencer onde interpreta a princesa Diana, Kristen Stewart, prova que tem talento de sobra e que não é apenas a interpretar de Isabella na saga Crepúsculo, apesar de ter grande carinho pela personagem.
Em entrevista ela disse que aceitou o papel sem ao menos ler o roteiro de como seria o filme e brinca “Muito irresponsável”. Stewart também disse que interpretar a princesa foi algo que a libertou da obrigação de ser perfeita em sua atuação.
“Eu sabia que não havia maneira de interpretar esse papel perfeitamente e, portanto, era mais fácil. Ou pelo menos mais fácil não ser tão intimidada e amedrontada. Eu só poderia ser minha versão disso e meio que espero que se eu aprendesse tudo sobre ela e a absorvesse e me misturasse, e fosse eu e ela de alguma forma estranha, seria a melhor versão ”.
Mais um
O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos) agora se dedica mais à cena política, depois de ter incluído tempo livre do Auxílio Brasil ao Congresso.
Apontado como pré-candidato ao governo da Bahia, Roma está sempre pronto para rebater críticas feitas pelo PT local e apontar defeitos do adversário. Nas pesquisas, contudo, não empolga.
“Roqueiro”
Em meio a uma matéria sobre os últimos acontecimentos políticos no Brasil, incluindo a carta-recuo, publicada no jornal The Guardian, há um tópico dedicado ao presidente do STF que, em meio a um grupo de empresários bolsonaristas num jantar, resolveu de sobremesa brindar os presentes cantando um rock dos velhos tempos.
Luiz Fux tem fama de ser roqueiro saudosista e não teria resistido a tentação de cantar ao ver um microfone. Quem era contra o Supremo, resolveu aplaudir seu presidente. Para o The Guardian, “isso só acontece no Brasil”.
Devolvida
Além da devolução pelo Senado da MP que dificultava a atuação das redes sociais contra a notícia falsa nas suas plataformas pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, nos tempos de Davi Alcolumbre outra MP foi devolvida à Presidência.
Era uma norma que permitia a nomeação de reitores de universidades públicas sem uma consulta prévia a cada unidade.
Normalmente, a escolha é feita por meio de uma lista com três possibilidades possíveis ao Ministério da Educação após escolha interna. Na época, Alcolumbre considerou que a medida era inconstitucional.
MUDAR A LEI
Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) vai propor, não parecer final, alterar a lei do impeachment e, consequentemente, ajustar no regimento interno da Câmara, que dá início ao processo de afastamento do presidente.
A ideia é que Arthur Lira tem que respeitar um prazo determinado para se manifestar sobre pedidos de impeachment protocolados na Casa. A iniciativa tem prêmios de prosperar.
Velho jogo
Quando presidiu o Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) costumava travar indicações de embaixadores ou dirigentes de agências reguladoras para forçar o governo a atender conforme suas demandas.
Repete agora a atitude na indicação de André Mendonça para a vaga do STF. Mendonça não sofre restrições no Senado ou no Supremo. É apenas uma bola da vez nas pendências do atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
ESQUECIDO
Ainda uma das razões para o prazo esticado por Davi Alcolumbre, presidente da CCJ do Senado, para a sabatina de André Mendonça para vaga no STF: há quem aposte que o boicote seria uma vendetta contra o fato do mesmo Alcolumbre não ter sido convidado para o ministério de Bolsonaro.
Se não fosse a amizade com Rodrigo Pacheco, ele já teria retornado ao baixo clero.
Até Bolsonaro
O ministro Raimundo Carreiro estava disposto a antecipar sua aposentadoria, independente de sua nomeação para uma embaixada em Lisboa, Portugal, principalmente se fosse em benefício da senadora Kátia Abreu (PP-TO).
A manobra teria sido criada por Bolsonaro para colocar no lugar do Carreiro um nome seu, mas Kátia, presidente da Comissão de Relação Exteriores, afirmou que não colocaria em pauta a sabatina do indicado.
Agora, o Bolsonaro oferece uma aproximação de Kátia e vem se apresentando favorável à sua indicação.
Novo livro
Será lançado dia 22 de outubro o primeiro livro de contos de Chico Buarque, Anos de Chumbo, que também já entrou em pré-venda no site da Companhia das Letras, sua editora.
É o décimo título do escritor e compositor de 77 anos. Segundo a editora, “as tramas do autor são carregadas de sexo, perversidade, desalento e delírio”.
Chico, à propósito, tem tido seu nome como candidato a uma das vagas da Academia Brasileira de Letras.
ÚNICA
A revista Rolling Stone resolveu atualizar sua lista criada em 2004 das “500 melhores canções de todos os tempos”. Mais de 250 artistas (produtores, músicos, jornalistas, obrigados) fez parte da seleção.
Mais de 4 mil caracteres recebidos votos, e cada “convocado julgador” adicionado uma lista com suas 50 canções preferidas. 246 músicas da primeira lista se mantiveram na mesma, como outras 254 são novas.
A predominância na nova lista é dos gêneros de rock e soul. Respeito, de Aretha Franklin foi considerada a melhor de todas.
E somente uma canção brasileira aparece na lista de lança africano (Umbabarauma), de Jorge Ben Jor aparece na lista ficando na 351ª posição.
MISTURA FINA
- HÁ quem aposte que os muitos cartazes com a inscrição “Volta Temer” que foram vistos na manifestação do dia 12 dedo do marqueteiro e amigo do ex-presidente Edinho Mouco, que gostaria de ver Michel Temer de volta ao Planalto e resolveu homenagear o amigo. Associado à imagem de “pacificador”, Temer saiu da reclusão em que estava para dar o ar da graça no cenário nacional. Disputar mesmo, nada.
- EDUARDO Cunha está retomando o que sempre foi seu: o MDB do Rio de Janeiro. Já trabalha a candidatura de aliados à Câmara. Eduardo garante que elege de quatro a seis deputados só no Rio.
- JOÃO Doria quer fazer muito barulho com o registro de sua chapa nas prévias do PSDB, nesta segunda-feira. A ideia é dar ao evento ares de lançamento de candidatura à Presidência. Assessores passaram os últimos dias preparando uma apresentação que será feita aos delegados tucanos, com pontos do futuro programa de governo de Doria.
- O BRASIL deve passar por uma silenciosa revolução depois da medida provisória que libertou o etanol do controle da Petrobras e das distribuidoras / atravessadoras de distribuidores. A principal consequência será a queda dos preços. A Petrobras não fixará mais o valor a ser pago pelo consumidor de etanol, o produtor se livra das distribuidoras e o ICMS do etanol, em alguns estados, custa até metade do ICMS da gasolina.
- O MERCADO brasileiro de cimento está efervescente. Além das aquisições feitas pela CSN, a colombiana Argos estuda sua entrada no Brasil. Trata-se de um dos maiores fabricantes de cimento das Américas, com negócios também nos Estados Unidos e no Caribe.
- HÁ quem aposte que concessão é pouco. O que o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, quer mesmo é comprar o Maracanã de vez. Apoio político para a investida não lhe falta.
- O EMBAIXADOR da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, tem contatos diretos com indústrias do setor de laticínios, sobretudo no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Está pavimentando o caminho para a entrada de empresas argentinas no Brasil, por meio de aquisições.
- O NOVO restaurante da moda em Brasília chama-se A Mano e sempre tem em suas mesas figuras da política. Nesses dias, Gilmar Mendes, Eduardo Cunha e Aroldo Cedraz (em mesas preparadas) estavam disponíveis na casa que tem entre seus maiores frequentadores Arthur Lira. Ninguém pede poivre depois da sobremesa como profissionalmente Ulysses Guimarães no antigo Piantella, em seus tempos de glória.